Economia

Jogos Paraolímpicos exigirão recursos anuais de R$ 70 milhões

A proposta é levar uma delegação de 200 atletas divididos em 20 modalidades

A meta técnica é pular do nono lugar, conquistado nas últimas Paraolímpíadas, em Pequim, em 2008, para o quinto lugar, em 2016 (.)

A meta técnica é pular do nono lugar, conquistado nas últimas Paraolímpíadas, em Pequim, em 2008, para o quinto lugar, em 2016 (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Rio de Janeiro - A participação do Brasil nos Jogos Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, exigirão recursos médios anuais de R$ 70 milhões, disse à Agência Brasil o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons.

Em 2010, o orçamento do CPB é de R$ 30 milhões. Ele inclui verbas de patrocínios e recursos da Lei Agnelo/Piva, que estabelece que 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais sejam repassados ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), sendo que 85% do total de recursos repassados são destinados ao COB e 15% ao CPB.

O CPB está atuando em parceria com o Ministério do Esporte para viabilizar esses recursos, que poderão vir do governo federal e da iniciativa privada.

Parsons afirmou que as obras para os Jogos Paraolímpicos são diferentes das da Copa do Mundo de 2014 e estão dentro do cronograma. Os grandes equipamentos estão prontos, construídos para os Jogos Panamericanos e Parapan de 2007, como o Estádio João Havelange e o Parque Aquático Maria Lenk.

Em recente seminário promovido no Rio, com a participação de autoridades dos três níveis de governo e de representante do Comitê Paraolímpico Internacional, foi montado o arcabouço dos Jogos de 2016. Parsons informou que o trabalhado está em estágio inicial de organização do próprio comitê. "Uma gerência dos Jogos Paraolímpicos é responsável por trabalhar essa visão transcendental em todas as áreas do comitê organizador, para que haja foco nos dois eventos".

O CPB está preocupado também em ter uma delegação brasileira forte para participar dos Jogos. "Receber os Jogos em casa é uma grande oportunidade para que a gente possa avançar também no quadro de medalhas", disse.

Desde o ano passado, foi iniciado um trabalho de planejamento estratégico em parceria com as confederações responsáveis pelas 20 modalidades que disputarão as Paraolimpíadas. A meta técnica é pular do nono lugar, conquistado nas últimas Paraolímpíadas, em Pequim, em 2008, para a sétima posição em Londres, em 2012, e para a quinta classificação no Rio, em 2016.

    <hr>                                   <p class="pagina">A meta é  participar, em 2016, com uma delegação de 200 atletas, contra 188 em  Pequim (China), 98 em Atenas (Grécia) e 63 em Sidney (Austrália). A  delegação brasileira paraolímpica foi a quarta maior nos Jogos de  Pequim, depois da China, da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. "O  próximo passo não é um ganho quantitativo na delegação. A gente tem a  meta de estar presente nas 20 modalidades do programa. Em 2008, nós  estivemos presentes em 17 [modalidades]", disse Parsons.<br> <br> O que o  CPB pretende trabalhar para melhorar o desempenho qualitativo da  delegação brasileira nos Jogos de 2016 para superar . "Que a gente  consiga uma campanha melhor que a de Pequim, ainda que qualifiquemos  menos atletas", afirmou. A ideia é que a delegação seja mais bem  preparada que a de Pequim. Segundo ele, para chegar em sétimo lugar na  competição, o Brasil terá de superar dois fortes adversários, que são a  Rússia e o Canadá. <br> <br> Parsons informou, ainda, que as três  potências paraolímpicas que atualmente estão atrás do Brasil são a  Espanha, a Alemanha e a França. "A gente costuma dizer que a simples  manutenção do nono lugar será um grande resultado. Mas, a gente tem como  meta avançar pelos menos mais duas posições no quadro de medalhas". </p>        
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