Economia

Indústria recua na maioria das regiões pesquisadas pelo IBGE

Retração nacional foi puxada por Santa Catarina, onde a queda de 4% na comparação de fevereiro para março interrompeu quatro meses consecutivos de alta

Indústria: alta de 0,6% relativa ao crescimento acumulado pela indústria brasileira no primeiro trimestre mostra expansão em 12 dos 15 locais pesquisados (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)

Indústria: alta de 0,6% relativa ao crescimento acumulado pela indústria brasileira no primeiro trimestre mostra expansão em 12 dos 15 locais pesquisados (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 9 de maio de 2017 às 14h10.

Dados divulgados hoje (9), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativos à Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional (PIM-PF), detalhando o comportamento do setor por regiões, indicam que a retração a nível nacional foi puxada por Santa Catarina, onde a queda de 4% na comparação de fevereiro para março (série com ajuste sazonal) interrompeu quatro meses consecutivos de taxas positivas, quando o estado teve crescimento de 7%.

Logo em seguida, vem o Ceará com retração de 3,1%; Paraná (-2,9%); Minas Gerais (-2,8%) e Pará (-2,7%). Em todos eles, as quedas foram mais intensas do que a média nacional de 1,8% detectada em março pelo IBGE.

Ainda com resultados negativos, mas de magnitude inferior à média nacional de março, aparecem São Paulo (-1,7%), Rio Grande do Sul (-1,2%) e Espírito Santo (-0,7%). Em Pernambuco, o resultado ficou estagnado (0,0%) repetindo fevereiro.

Com resultado positivo no parque fabril aparece o Amazonas, que, ao crescer de fevereiro para março 5,7%, apontou o resultado positivo mais acentuado do mês, eliminando o recuo de 2,5% observado no mês anterior; assim como a Bahia (2%), Rio de Janeiro (0,7%), Goiás (0,5%) e Região Nordeste que cresceu 0,1%.

Acumulado

Já o 0,6% relativo ao crescimento acumulado pela indústria brasileira no primeiro trimestre do ano mostra expansão em 12 dos 15 locais pesquisados frente a igual período de 2016.

O resultado tem como destaque os avanços em Goiás, onde a indústria cresceu nos três primeiros meses do ano 6,6%; Santa Catarina (5,2%), Rio de Janeiro (4,8%), Paraná (4,6%), Pernambuco (4,2%), Espírito Santo (4%) e Minas Gerais (3,6%).

Embora com expansões de menor expressão, completam as 12 regiões com crescimento o Rio Grande do Sul ( 1,9%); Amazonas (1,3%), Pará (0,6%), Mato Grosso (0,4%) e São Paulo (0,1%), estes dois últimos com crescimento inferior à média nacional de 0,6%.

Entre as três regiões onde houve queda na produção trimestral da indústria, o destaque negativo ficou com a Bahia (- 8,3%), pressionada pelo comportamento negativo dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Os demais resultados negativos ficaram com a Região Nordeste (-2,5%). O Ceará teve queda de 2,2%.

Segundo o IBGE, nos locais onde houve crescimento da produção no primeiro trimestre o maior dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à expansão na fabricação de bens de capital (em especial, os voltados para o setor agrícola e para a construção); de bens intermediários (minérios de ferro, petróleo, celulose, siderurgia, autopeças e derivados da extração da soja); e outros.

Março tem crescimento em oito locais

A Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional, ao comparar março com março de 2016, indica crescimento em oito dos 15 locais pesquisados pelo IBGE.

O crescimento a nível nacional de 1,1% aponta como destaques Goiás (expansão de 8% no parque fabril), e Rio Grande do Sul (7,4%.

Rio de Janeiro (6,1%), Santa Catarina (5,9%) e Paraná (4,9%) também tiveram crescimento bem superior à média nacional. O Espírito Santo fechou com incremento de 2,4%. Embora com crescimento abaixo da média nacional, São Paulo avançou 0,9%.

Amazonas (-7,3%) acusou o recuo mais acentuado em março de 2017, pressionado, segundo o IBGE, pelo comportamento negativo de setores de bebidas (preparações em pó para elaboração de bebidas), entre outros. Os demais resultados negativos ocorreram na Bahia (-4,3%), Ceará (-3,8%), Pará (-2,6%), Região Nordeste (-2,5%), Pernambuco (-0,8%) e Mato Grosso (-0,3%).

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraIBGEIndústria

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos