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Guedes fala em "até vender um pouco de reservas" para diminuir dívida

A dívida bruta do governo deve fechar o ano em 96% do PIB, com forte aumento provocado pelas despesas com o combate à covid-19

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Dívida pública deve ultrapassar 100% do PIB em 2025 (André Borges/Getty Images)

Dívida pública deve ultrapassar 100% do PIB em 2025 (André Borges/Getty Images)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de novembro de 2020 às, 11h27.

Em meio à crescente desconfiança dos investidores em relação ao quadro fiscal brasileiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, garantiu que fará "o que for necessário" para reduzir a dívida e citou, entre o cardápio de medidas para atingir esse objetivo, a possibilidade de "até vender um pouco de reservas".

A dívida bruta do governo deve fechar o ano em 96% do PIB, segundo projeções do Tesouro Nacional, com forte aumento provocado pelas despesas com o combate à covid-19. A previsão é que a dívida continue crescendo e ultrapasse os 100% do PIB em 2025, para só então se estabilizar e começar a cair.

Ao mesmo tempo, o Brasil tem hoje US$ 355,5 bilhões em reservas internacionais. O governo já vendeu uma pequena parcela desse colchão de proteção contra choques externos, mas acabou recompondo parte do que havia sido vendido em meio à crise provocada pela pandemia. A gestão das reservas é feita pelo Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto.

"Nossa lógica é muito simples. A dívida tem que cair. E a maneira de fazer isso é vender ativos, privatizar, desalavancar bancos públicos, reduzir dívida interna e até vender um pouco de reservas", disse Guedes em evento promovido pelo Bradesco nesta quinta-feira, 19.

Segundo o ministro, um volume alto de reservas era necessário quando o real estava sobrevalorizado ante o dólar e a taxa de juros era mais elevada. Essa composição, frisou Guedes, mudou para um câmbio mais depreciado e a taxa de juros menor, dispensando a necessidade de um colchão mais robusto de reservas.

O ministro reconheceu que o governo não se saiu bem na promessa de privatizar, mas deixou claro que vai seguir insistindo nessa frente. "Faremos o que for necessário para reduzir a dívida", garantiu.

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