Economia

Governo estuda novo modelo de concessão para baratear pedágio

O governo estuda incluir nos contratos das próximas concessões rodoviárias uma cláusula que prevê o compartilhamento de risco de demanda

Concessão: proposta em estudo no Ministério da Economia e apresentada ao Ministério da Infraestrutura, os contratos devem prever revisões periódicas (Mauricio Simonetti/Exame)

Concessão: proposta em estudo no Ministério da Economia e apresentada ao Ministério da Infraestrutura, os contratos devem prever revisões periódicas (Mauricio Simonetti/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de setembro de 2022 às 15h06.

Última atualização em 10 de setembro de 2022 às 15h28.

O governo estuda incluir nos contratos das próximas concessões rodoviárias uma cláusula que prevê o compartilhamento de risco de demanda do operador privado com a União. Segundo técnicos da equipe econômica ouvidos pelo Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a medida tem potencial para reduzir em até 22% o valor da tarifa de pedágio.

Pela proposta em estudo no Ministério da Economia e apresentada ao Ministério da Infraestrutura, os contratos devem prever revisões periódicas, a cada quatro ou cinco anos, para avaliação dos efeitos econômicos, financeiros e de tráfego nas rodovias. Se a demanda de veículos projetada nos editais não for atingida, a ideia é de que a concessionária possa suspender o cronograma de obras previstas.

Além disso, se o contrato estiver nos últimos 10 anos de vigência, o prazo poderá ser prorrogado ou, em último caso, o valor da tarifa será aumentado. Segundo técnicos que conhecem o assunto, a medida em estudo foi pensada para reduzir o número de devoluções de concessões rodoviárias.

Atualmente, o risco de demanda das concessões rodoviárias é absorvido pelo operador privado. E os contratos não preveem mecanismos e gatilhos para mitigar os eventuais efeitos de uma demanda super dimensionada.

Leilões futuros

A medida não valerá para os contratos vigentes. Somente para leilões futuros. A ideia é de que esse instrumento reduza o número de devoluções e garanta segurança jurídica aos contratos.

Segundo um técnico do governo, as concessões realizadas entre 2012 e 2014 apresentaram problemas graves para estimar a demanda de veículos que trafegariam pelas rodovias.

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