Economia

Governo espera reduzir despacho de importações que chegam por avião de 5 para 1 dia

Trâmite das cargas aéreas internacionais que chegam ao Brasil ocorrerá completamente em documentos digitais

Aeroporto de Guarulhos: novo sistema anunciado pelo governo entrará em operação em 2 de agosto (Divulgação/Divulgação)

Aeroporto de Guarulhos: novo sistema anunciado pelo governo entrará em operação em 2 de agosto (Divulgação/Divulgação)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 31 de julho de 2023 às 15h30.

Os ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e de Portos e Aeroportos, lançam nesta segunda-feira, 31, um novo sistema de controle de cargas que chegam ao Brasil em voos internacionais. A promessa do governo é de reduzir o tempo médio de despacho das importações de cinco dias para um dia. O “CCT Importação — Modal Aéreo” substituirá o ao Sistema Integrado de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento (Mantra), em operação há 30 anos.

O governo informou que, com o novo programa, o trâmite das cargas aéreas internacionais que chegam ao Brasil ocorrerá completamente em documentos digitais, em padrões internacionais sob o regramento da Associação Internacional de Transportes Aéreos, a IATA.

Segundo o Ministério da Fazenda, com o uso de novas tecnologias, o sistema deve reduzir em 90% a exigência de intervenção humana no fluxo de cargas. O novo modelo entrará em operação na próxima quarta-feira, 2 de agosto, em todos os aeroportos internacionais brasileiros.

Economia com novo modelo pode chegar a R$ 10 bi

A economia potencial às importações aéreas pode alcançar R$ 10 bilhões anuais, segundo a Receita Federal, ao considerar o volume de importação que atingiu US$ 46,9 bilhões em 2023.

A estimativa da Fazenda é de que o novo sistema também permitirá que os fluxos de cargas aéreas dobrem em até dois anos, atraindo investimentos externos e ampliando a arrecadação federal relativa às importações do modal aéreo, que totalizou R$ 19 bilhões, em 2022, e chegaria a R$ 38 bilhões.

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