Exame Logo

Folha de pagamento da indústria cresceu 9% em 2004, diz CNI

Para a Confederação Nacional da Indústria o grande destaque do ano foi o mercado de trabalho industrial, com emprego e massa salarial traçando trajetórias duradouras de crescimento. Em dezembro, porém, já;foi possível detectar mudança de ritmo, como ef

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h15.

O ano de 2004 apresentou recordes em todas as variáveis acompanhadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Vendas reais (15% de alta), total de salários líquidos pagos (9%), horas trabalhadas na produção (6,2%) e pessoal empregado (3,5%) registraram as maiores taxas de crescimento anual desde 1992, quando a entidade passou a monitorar o desempenho da indústria.

O nível de utilização da capacidade instalada -- uma das obsessões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) -- terminou o ano em 83% (indicador livre de influência sazonal), o nível mais elevado da série da CNI. Segundo a entidade, porém, não houve durante todo o ano passado sinais de exaustão da capacidade.

Veja também

Mas os recordes não afastam o sinal amarelo. No comparativo mensal já é possível detectar o efeito da política monetária restritiva, com altas mensais da taxa básica de juros desde setembro. De novembro para dezembro, as vendas reais da indústria cresceram apenas 0,14%, o emprego, 0,34% e a massa salarial, 0,46%. O único indicador que cresceu um pouco mais foi o de horas trabalhadas, com alta de 1,7% em dezembro ante novembro. "A indústria já dá sinais de que está ressentindo o novo aperto na política monetária, que ameaça a continuidade do ritmo de crescimento para o ano de 2005", diz relatório da CNI.

Para a confederação o grande destaque do ano foi o mercado de trabalho industrial, com emprego e massa salarial traçando trajetórias "duradouras e intensas" de crescimento. No caso das contratações, a taxa de 3,5% é quase três vezes superior ao recorde anterior, em 2001. O avanço da renda em 2004 só perde para o registrado em 1995, quando a massa salarial cresceu 9,9%.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame