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Cresce desocupação de prédios empresariais de luxo em São Paulo

São Paulo, 22 de novembro (Portal EXAME) Sobram escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo. Segundo levantamento da empresa Jones Lang LaSalle, no final do terceiro trimestre havia mais de 270 mil metros quadrados de área útil desocupados. Isso significa que estão disponíveis para aluguel 16,9% do total de área construída desse estilo […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h12.

São Paulo, 22 de novembro (Portal EXAME) Sobram escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo. Segundo levantamento da empresa Jones Lang LaSalle, no final do terceiro trimestre havia mais de 270 mil metros quadrados de área útil desocupados. Isso significa que estão disponíveis para aluguel 16,9% do total de área construída desse estilo de prédio, procurado por grandes empresas.

Essa categoria surgiu nos anos 90, com o boom de privatizações e a abertura da economia, que trouxeram novas empresas de grande porte ao país. As incorporadoras acreditavam que esses edifícios teriam sempre muita procura pelo mercado, mas não é isso que está acontecendo , diz Anne Oliveira, coordenadora de pesquisa da Jones Lang LaSalle.

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A pesquisa mostrou que, em 2002, o crescimento da área ocupada foi positivo, por volta de 39 mil metros quadrados. Mas o resultado está muito distante da média dos últimos seis anos, de 60 mil metros quadrados. Até o final do ano, Anne prevê que o percentual de desocupação deva subir de 17% para cerca de 20%, porque, dos novos prédios que devem ser entregues, apenas 16% da área que representam já está pré-locada.

Esse nível de desocupação tão alto é uma situação nova para o setor , diz Anne. Ela afirma que os investidores desse tipo de empreendimento foram pegos na contra-mão pela crise econômica _ entre os grandes investidores estão os fundos de pensão: Esses projetos levam cerca de cinco anos para sair da fase de elaboração até ser entregues ao mercado. Leva tempo para fazer o projeto, ir atrás de investidores, procurar o terreno, construir o prédio em si .

Anne não acredita que o cenário melhore ao longo do próximo ano. A expectativa é que novos prédios despejem mais 220 mil metros quadrados no mercado. A ocupação vai depender de a economia voltar a crescer , diz ela. Com o desaquecimento, muitas empresas demitiram profissionais e agora buscam espaços menores ou edifícios mais baratos. Em 2003, Anne diz que o movimento deve ser de empresas apenas trocando de lugar: Não devem chegar novos clientes no mercado .

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