Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

Como um simples contêiner parado explica a crise do comércio global

O contêiner está em um pátio de Xangai há meses, preso por tufões e surtos de covid que agravaram o enorme congestionamento na cadeia global de abastecimento

Modo escuro

Um simples contêiner parado explica a crise do comércio global. (Bloomberg/Bloomberg)

Um simples contêiner parado explica a crise do comércio global. (Bloomberg/Bloomberg)

B
Bloomberg

Publicado em 31 de agosto de 2021 às, 08h30.

Última atualização em 3 de setembro de 2021 às, 10h55.

Por Ann Koh, da Bloomberg

Em algum lugar no porto de Xangai, o mais movimentado do mundo, um contêiner cheio de fertilizantes está entre dezenas de milhares de caixas esperando uma carona para os EUA. O contêiner está no pátio há meses, preso por tufões e surtos de covid que agravaram o enorme congestionamento na cadeia global de abastecimento.

O fertilizante está estacionado no local desde maio, mas o porto é apenas uma escala na longa jornada do coração da China até a região central dos EUA. Entregas que geralmente eram finalizadas em semanas hoje demoram mais de um semestre. Esse prazo deve continuar aumentando porque a mercadoria mal começou o percurso de 15.000 quilômetros.

Esta é a história de um mero contêiner e sua árdua jornada ao redor do mundo. Algumas das barreiras que impedem sua chegada podem ser específicas, mas sua trajetória é típica do que vem acontecendo no comércio global durante a pandemia.

Território mapeado

Dos EUA ao Sudão e à China, há contêineres parados em portos, ferrovias e armazéns enquanto a pandemia não dá trégua. O setor abrange 25 milhões de contêineres e aproximadamente 6.000 navios para transportá-los. Cada contêiner atrasado retarda alguma atividade econômica, elevando custos para os consumidores e dificultando a chegada de alimentos à mesa do consumidor ou de presentes a tempo de celebrar o Natal.

O caso é um ensinamento sobre os efeitos em cascata nas cadeias de suprimentos. A diversificação tem limites porque todas as redes ainda estão intimamente ligadas à China.

“Todos os caminhos levam à China e isso tem grande efeito em toda a cadeia de abastecimento”, disse Dawn Tiura, dirigente da Sourcing Industry Group nos EUA. “O congestionamento em um porto ou fábrica tem implicações de longo alcance nas instalações vizinhas, que se espalham pelo mundo”.

Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.

Últimas Notícias

ver mais
Escolas particulares terão um reajuste médio de 9% em 2024
Economia

Escolas particulares terão um reajuste médio de 9% em 2024

Há 18 horas
Calor extremo: consumo de energia deve ter maior crescimento dos últimos meses
Economia

Calor extremo: consumo de energia deve ter maior crescimento dos últimos meses

Há 19 horas
Governo estima déficit fiscal de R$ 141,4 bi em 2023 e anuncia bloqueio de R$ 588 mi do Orçamento
Economia

Governo estima déficit fiscal de R$ 141,4 bi em 2023 e anuncia bloqueio de R$ 588 mi do Orçamento

Há 2 dias
Assembleia da Vale elege Dario Durigan como novo membro do Conselho Fiscal
Economia

Assembleia da Vale elege Dario Durigan como novo membro do Conselho Fiscal

Há 3 dias
icon

Branded contents

ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

leia mais