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Carga tributária joga o empresário brasileiro na informalidade, diz Furlan

A carga tributária no Brasil empurra o empresariado para a informalidade. "Toda vez que alguém fala em aumentar impostos no Brasil está jogando a empresa na informalidade", afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, em almoço com empresários em São Paulo, nesta segunda-feira (22/3). Para o ministro, mais importante do […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h12.

A carga tributária no Brasil empurra o empresariado para a informalidade. "Toda vez que alguém fala em aumentar impostos no Brasil está jogando a empresa na informalidade", afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, em almoço com empresários em São Paulo, nesta segunda-feira (22/3). Para o ministro, mais importante do que uma discussão pública sobre a taxa de juros Selic é um esforço de redução dos tributos. "Não é a taxa de juros que vai mudar o preço do aço, da soja, do petróleo no mercado internacional", disse ele.

Diante de uma platéia com 203 empresários, Furlan disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede resultados mais rapidamente do que a máquina pública tem condições de oferecer. Para ele, a mudança na eficiência do governo é urgente "porque o tempo não perdoa". "Até quando vamos nos conformar com a ineficiência?"

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O ministro vê um descompasso entre as cobranças de Lula e a ação dos ministérios - principalmente nos projetos para o crescimento da economia interna que passam necessariamente por todas as pastas. Cada um tem uma idéia, diz. "O problema é que isso gera retrabalho, desperdício de esforços e de energia."

O ministro ainda disse que o empresariado não tem por que mostrar pessimismo. "Não há nenhum fator externo que cause impacto negativo no país. Há uma manutenção dos juros, há excesso de capital no mercado externo, há uma imagem positiva do Brasil quando o assunto é terrorismo", afirmou Furlan.

A entrega da versão definitiva da política industrial, tecnológica e de comércio exterior, marcada para 31/3, é a grande prioridade da equipe de Furlan para 2004. É o compromisso que assumi com o presidente, disse. No ano passado, a prioridade de Furlan era outra: aumentar as exportações. "A meta de exportar 100 bilhões de dólares em 2006 com certeza será cumprida."

Quanto ao comércio exterior, o ministro afirmou que, "se o Brasil não concluir as negociações sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) de forma positiva, o país estará cometendo um erro estratégico de grande relevância. O ministro afirmou que, ao contrário do acordo do Mercosul com a União Européia, as discussões sobre a Alca são permeadas por emoção e ideologia, combinação que emperra o avanço das negociações."

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