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Remy Sharp
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou nesta segunda-feira, 29, que, pela primeira vez, o Brasil passa por um surto de inflação global com índices de preços abaixo da média internacional.

Durante discurso em Fortaleza (CE), Campos Neto sustentou que a situação se deve, em parte, à decisão do BC de começar a subir os juros antes das demais economias. Quando o banco central inicia o ajuste monetário mais rápido, pontuou, o custo para a sociedade é menor.

Após fazer uma retrospectiva do enfrentamento da pandemia, que exigiu uma ação coordenada de estímulos fiscais e monetários para evitar uma depressão, o presidente frisou que a inflação e seus núcleos estão caindo em vários países emergentes, inclusive na América Latina.

Nesse ponto, ele frisou que a inflação cheia no Brasil foi a que mais caiu entre os emergentes. No entanto, as médias de núcleos, observadas pelo BC, caem lentamente, o que demanda cuidado.

Já nos países avançados, ponderou o presidente do BC, a inflação após uma queda, voltou a subir. "Isso é tema de muita preocupação", assinalou Campos Neto. Ele observou que as surpresas de crescimento na China estão para baixo, sendo que o efeito da retomada dos serviços no país não deve se perpetuar.

Campos Neto: Meu avô falava 'achei que vinha fazer o bem; me dei por contente em evitar o mal'

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, citou o seu avô, o economista Roberto Campos, ao se referir às limitações de seu cargo frente às pressões políticas em discurso feito durante premiação concedida à autarquia em Fortaleza, no Ceará.

"Meu avô, no final, falava 'achei que vinha para fazer o bem e me dei por contente em evitar o mal'. Tem um pouco disso na política", declarou Campos Neto nesta segunda-feira, 29.

Ele proferiu a palestra durante cerimônia de premiação pela inovação voltada ao desenvolvimento econômico, concedida pelo Conselho Regional de Economia do Estado do Ceará (Corecon-CE) e pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE).

Antes de discursar, Campos Neto recebeu homenagens de autoridades cearenses, entre elas o ex-governador do Ceará e ex-senador Tasso Jereissati, que, em pronunciamento curto disse que o País estaria enfrentando um descontrole inflacionário, com possível impacto na estabilidade institucional, não fosse a "coragem e a resistência" do presidente do BC.

"Poucos entendem o que devemos ao cara que está ali. Não sabia que você tinha o couro tão grosso", declarou Jereissati, dirigindo-se a Campos Neto.

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