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Burocracia é intervenção do Estado, diz Gustavo Franco

Ex-presidente do BC criticou a ineficiência das instituições que buscam apoiar o empreendedorismo no Brasil

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Thiago Stivaletti

Publicado em 8 de novembro de 2013 às, 15h27.

O economista e ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco afirmou nesta segunda-feira (23/8), em sua apresentação no EXAME Fórum - Desburocratizar para Crescer, que o conceito de burocracia nada mais é do que a intervenção do Estado na economia. "Como existe uma incapacidade cada vez maior do setor público de assumir novos investimentos, é preciso dar mais flexibilidade ao setor privado", disse.

Franco criticou a ineficiência das instituições que buscam apoiar o empreendedorismo no Brasil. "As empresas preferem se aproximar do governo apenas para contornar suas dificuldades, em vez de buscar reformas estruturais".

Segundo o economista, os programas de desburocratização devem ser assumidos com mão firme pela liderança política. "Devemos lembrar que a burocracia não é ideologicamente neutra, e que temos a síndrome de sermos capitalistas envergonhados. É preciso mudar esse quadro em que uma empresa prefere abandonar a segurança jurídica do Estado porque ela é fraca e cair na informalidade", afirmou.

Alcides Tápias, sócio-diretor da Aggrego Consultores e ex-ministro do Desenvolvimento, enfatizou a necessidade da reforma trabalhista e da reforma da Lei de Falências como passo importante no combate à burocracia. "Hoje existem empresas que cobram 3 mil reais para cortar caminho e conseguir mais rápido a abertura de uma empressa", afirmou.

Tápias criticou a reforma do Judiciário, "onde se discute mais a forma das leis do que seu conteúdo", e defendeu um aprofundamento na adoção de tecnologia da informação como forma de ataque à burocracia. "Hoje, um empresário se sente forçado a começar pela informalidade, e nada garante que depois ele venha para a formalidade", disse.

Segundo o consultor, um dos caminhos para facilitar a vida do empresário brasileiro é assumir "um pressuposto de boa-fé na aprovação de um pedido de abertura, deixando somente para depois a tolerância zero para aqueles que infringirem as leis".

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