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Bolsonaro veta repasse de R$ 8,6 bi para estados combaterem coronavírus

Proposta do Congresso mudava plano do governo de usar recursos para pagar dívida pública

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Jair Bolsonaro: o veto foi solicitado pelo Ministério da Economia e pela Advocacia-Geral da União (AGU) (Carolina Antunes/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro: o veto foi solicitado pelo Ministério da Economia e pela Advocacia-Geral da União (AGU) (Carolina Antunes/PR/Flickr)

A
Agência O Globo

Publicado em 3 de junho de 2020, 15h38.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nesta quarta-feira, uma lei que extingue um fundo administrado pelo Banco Central, e vetou o repasse de R$ 8,6 bilhões disponíveis nesse fundo a estados e municípios.

Estabelecida pelo Congresso, a transferência do dinheiro para governadores e prefeitos tinha objetivo de financiar ações de combate ao novo coronavírus. O veto foi solicitado pelo Ministério da Economia e pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Ao justificar o veto, Bolsonaro afirma que o Congresso, ao alterar a destinação final dos recursos oriundos da extinção do fundo,  viola o princípio constitucional que proíbe emendas parlamentares de aumentar despesa em projetos de iniciativa exclusiva do presidente da República.

Além disso, afirmou que a nova destinação do fundo desrespeita a política de teto de gastos, que proíbe a criação de despesa obrigatória ao Poder Executivo sem o demonstrativo de impacto orçamentário e financeiro no exercício corrente e nos dois anos seguintes.

A medida provisória (MP) foi aprovada em maio. Ela extingue o Fundo de Reserva Monetária do Banco Central, criado em 1966 com receita de impostos que estava sem finalidade pública. A destinação do recurso para o combate ao coronavírus foi estabelecida durante a votação na Câmara.

Originalmente, a MP destinava todo o patrimônio do fundo para o pagamento da dívida pública federal.

O Fundo de Reserva Monetária tinha o objetivo de prover o Banco Central de uma fonte de recursos para intervir nos mercados de câmbio e de títulos. Ele deixou de receber aportes em 1988 e, em 2016, foi considerada irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que recomendou uma solução definitiva para as verbas. O governo optou pela extinção.

O BC ficará responsável pela liquidação do fundo, cujo patrimônio está ligado, principalmente, a títulos públicos.

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