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Remy Sharp
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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, informou nesta quinta-feira, 25, que seu diretor financeiro vai assinar ainda nesta quinta um cheque de R$ 11 bilhões para devolver ao Tesouro Nacional.

Mercadante deu a informação ao externar mais uma vez a sua indignação contra as justificativas que são apresentadas para defender a manutenção da taxa básica de juro, Selic, em 13,75% ao ano. Entre os argumentos por ele refutados está o de que o BNDES tira potência da política monetária praticada pelo Banco Central (BC), o que segundo em sua visão não corresponde à verdade dado que a instituição responde por apenas 1,5% de todo o crédito no Brasil sem subsídios.

"Outra coisa que me deixa espantado é dizer que o BNDES vai tirar potência da política monetária. Nós somos apenas 1,5% do crédito no Brasil sem nenhuma linha subsidiada", protestou Mercadante. "Ao contrário, é o BNDES que está financiando o Tesouro Nacional", disse emendando que só nos últimos seis anos o banco de fomento transferiu R$ 870 bilhões ao Tesouro. "Hoje estamos assinando uma carta de R$ 11 bilhões, estamos assinando o cheque hoje. E isso porque estamos avançando nas negociações com o governo e não pagar 60% de dividendos", completou.

60% de dividendos

Mercadante afirmou que nenhum banco de desenvolvimento no mundo paga 60% de dividendos ao governo. Pagam no máximo 25% e no caso do BNDES não pagava nada, disse. "Sessenta por cento é como você pegar seu lucro e transferir. O que vai acontecer com a sua taxa de juro? Vai encarecer!", disse, acrescentando que só em novembro do ano passado o banco teve de transferir ao Tesouro a quantia de R$ 45 bilhões porque o Tribunal de Contas da União (TCU) obrigou o BNDES a antecipar os dividendos.

Mercadante, que participou de "O Dia da Indústria", evento organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), disse que tem lutado para o BNDES ser o instrumento da industrialização e para alavancar investimentos em infraestrutura.

Afirmou também que "queremos dobrar o tamanho do BNDES para 2% do PIB". Na verdade, segundo ele, o tamanho do BNDES já era de 2% do PIB e que caiu para 1% na gestão de Jair Bolsonaro.

Ainda sobre a questão da taxa de juro, o presidente do BNDES disse que se a Selic cair vai ajudar muito o banco de fomento a reduzir também as suas taxas. "Não há inovação sem taxa de juro muito baixa", completou.

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