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Banco Central espera crescimento de 2,9% do PIB em 2023 e de 1,8% em 2024
Projeções foram atualizadas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quinta-feira pela autoridade monetária
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Edifício-Sede do Banco Central em Brasília (Marcelo Casal/Agência Brasil)

Publicado em 28 de setembro de 2023 às, 08h31.
Última atualização em 28 de setembro de 2023 às, 08h53.
O Banco Central (BC) está mais otimista com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A autoridade monetária elevou a estimativa de alta da geração de riquezas no país de 2023, que passou de 2% para 2,9%. Além disso, os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) projetaram que o PIB de 2024 registrará alta de 1,8%. Os dados fazem parte do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicado nestá quinta-feira, 28.
"No cenário doméstico, a atividade econômica surpreendeu novamente no segundo trimestre ao crescer 0,9%. Avalia-se que o forte crescimento no primeiro semestre em parte reflete fatores transitórios e que permanece a perspectiva de que a atividade cresça em ritmo menor nos próximos trimestres e ao longo de 2024. A projeção de crescimento do PIB para 2023 passou de 2,0% para 2,9%, refletindo sobretudo a surpresa com o crescimento no segundo trimestre. Para 2024, projeta-se crescimento de 1,8%", afirmou o BC.
As projeções da autoridade monetária são menores que as do Ministério da Fazenda. A Secretaria de Política Econômica (SPE) espera uma alta do PIB de 3,2% em 2023 e de 2,3% em 2024.
Projeções de inflação até 2026
O RTI também trouxe pela primeira vez a estimativa da autoridade monetária para a inflação de 2026, projetada em 3,1%. A meta para aquele ano foi definida em 3,0% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho, e o governo avisou na ocasião que iria editar um decreto mudando o regime para meta contínua a partir de 2025.
O BC também apresentou as estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 (5,0%), 2024 (3,5%) e 2025 (3,1%).
Queda da arrecadação
O BC também citou a situação das contas públicas. Segundo os diretores da autoridade monetária, entre os principais fatores que explicam a queda da arrecadação estão a redução dos preços das commodities no mercado internacional, a apreciação do real – que repercutem principalmente sobre as receitas de exploração de recursos naturais – e a redução das alíquotas de IPI.
"Do lado das despesas, os gastos com programas sociais, em especial com o Bolsa Família, e as despesas previdenciárias, impactadas pelo aumento do salário-mínimo, destacaram-se entre os itens com crescimento no ano", informou o BC.
Incertezas sobre metas fiscais
Mesmo com a aprovação do novo arcabouço fiscal e do avanço de medidas para aumentar a arrecadação, segundo o BC, persiste alguma incerteza entre os agentes econômicos quanto ao atingimento de resultado primário nulo em 2024, que depende da elevação de receitas.
"As projeções dos analistas econômicos para o resultado primário ainda divergem das metas definidas de forma indicativa no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024. A mediana das respostas do Questionário Pré-Copom (QPC) para o resultado primário do Governo Central de 2024 situa-se em déficit de R$ 84 bilhões (0,7% do PIB), ante meta proposta de 0%. Até o momento, de acordo com a mediana do QPC, o valor das medidas econômicas para recomposição de receitas já incorporado nas projeções fiscais dos analistas consultados é de R$40 bilhões em 2023 e de R$80 bilhões, em 2024, valores próximos a 0,4% e 0,7% do PIB respectivamente", afirmou o BC.