Economia

Balança comercial tem superávit de US$ 8,8 bi e acumulado no ano chega ao recorde de US$ 89,2 bi

Segundo MDIC trata-se do maior saldo comercial e o maior valor de exportação para meses de novembro.

Área de contêineres refrigerados para exportação de carga congelada no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) (TCP/Divulgação)

Área de contêineres refrigerados para exportação de carga congelada no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) (TCP/Divulgação)

Luciano Pádua
Luciano Pádua

Editor de Macroeconomia

Publicado em 1 de dezembro de 2023 às 15h30.

Última atualização em 1 de dezembro de 2023 às 15h41.

A balança comercial do Brasil registrou superávit de US$ 8,8 bilhões em novembro. Os dados, divulgados nesta sexta-feira, 1, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), mostram que o valor foi alcançado com exportações de US$ 27,7 bilhões e importações de US$ 19 bilhões.

Na quinta semana de novembro (dias 27 a 30), houve superávit de US$ 966,3 milhões com vendas de US$ 4,5 bilhões e compras de US$ 3,6 bilhões.

No ano até o mês de novembro, a balança comercial acumula superávit de US$ 89,284 bilhões, com exportações de US$ 310,6 bilhões e importações de US$ 221,3 bilhões.

Segundo Herlon Brandão, diretor do Departamento de Estatística e Apoio às Exportações do MDIC, trata-se do maior saldo comercial e o maior valor de exportação para meses de novembro.

O resultado para o mês de novembro ficou pouco abaixo da mediana das expectativas do Projeções Broadcast, que indicava superávit comercial de US$ 9,215 bilhões no mês. As projeções iam de US$ 8 235 bilhões a US$ 10 bilhões.

A média diária das exportações registrou alta em novembro de 0 6% se comparado a igual período do ano passado, com crescimento de US$ 55,21 milhões (22,3%) em Agropecuária; avanço de US$ 11 24 milhões (3,2%) em Indústria Extrativa; e queda de US$ 55,35 milhões (-7,2%) em produtos da Indústria de Transformação.

Já a média diária das importações caiu, em 11,2%:

  • com queda de US$ 2,83 milhões (-13,8%) em Agropecuária;
  • recuo de US$ 23,38 milhões (-28,4%) em Indústria Extrativa;
  • redução de US$ 87,12 milhões (-9,1%) em produtos da Indústria de Transformação.

Comércio de US$ 1 tri?

Os expressivos resultados no comércio exterior tem ganhado atenção tanto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quanto de economistas internacionais. Recentemente, Lula voltou a citar que o Brasil deveria buscar uma corrente de comércio exterior acima de US$ 1 trilhão. Atualmente, entre importações e exportações, essa quantia se aproxima de 600 bilhões de dólares.

Na ocasião, ele estava reunido com o primeiro-ministro do país, Mohammed bin Salman, em Riad. Ambos estimam que as transações comerciais entre os dois países podem saltar dos atuais 8 bilhões de dólares para 20 bilhões de dólares até 2030.

Robin Brooks, economista-chefe do Instituto Internacional de Finanças (IIF) e figura já conhecida dos observadores da cena econômica nacional, classificou o país como uma terra de sonhos. "Sonhos na agricultura, para ser preciso", escreve em post no X, o antigo Twitter. "Não há outro mercado emergente que tenha se transformado como o Brasil. O status de superpotência agro mundial do Brasil faz dele a âncora da América Latina. Tudo que as políticas públicas precisam é ser "market friendly" e relaxar." 

Com Estadão Conteúdo.

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