Tesouro nacional: o que é, títulos e como investir
Entenda a importância do Tesouro Nacional e saiba como investir nos títulos do governo
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Investimento em títulos do Tesouro pode ser uma alternativa segura e rentável (We Are/Getty Images)

Publicado em 2 de maio de 2023, 11h39.
Última atualização em 2 de maio de 2023, 11h40.
O Tesouro Nacional é uma das opções mais seguras e acessíveis para quem busca investir seu dinheiro com tranquilidade.
Neste artigo, vamos entender melhor o que é o Tesouro Nacional, como funcionam seus títulos e como é possível investir nessa modalidade de investimento.
O que é Tesouro Nacional?
O Tesouro Nacional é um órgão incumbido de receber e gerir todos os recursos financeiros do país. Seu objetivo primordial é preservar a estabilidade das finanças públicas mediante a supervisão das despesas e receitas governamentais.
A entidade é administrada pela Secretaria do Tesouro Nacional, a qual é subordinada ao Ministério da Economia.
A título de explicação, pode-se tomar como exemplo o salário pessoal como a entrada de recursos, e as contas que precisam ser pagas como as saídas. O Tesouro Nacional segue essa mesma lógica.
Primeiramente, a entrada de recursos do governo é representada pelos impostos arrecadados, pelos lucros obtidos pelas empresas públicas e pela comercialização de títulos públicos. Esses títulos públicos são um tipo de ativo de renda fixa.
Para entender o que é tesouro nacional, é importante entender que as saídas de recursos, por sua vez, envolvem o pagamento de salários e a prestação de serviços à população, tais como educação, segurança, infraestrutura e saúde.
Diante desse contexto, pode-se afirmar que o Tesouro Nacional é o "cofre" do governo federal, sendo uma de suas principais atribuições a administração da dívida pública e a obtenção de recursos financeiros.
Como funciona o Tesouro Nacional?
O Tesouro Nacional é o órgão responsável pela administração financeira do Governo Federal do Brasil, atuando como o caixa do país.
O objetivo do Tesouro Nacional é administrar essas entradas e saídas de capital para evitar um endividamento excessivo que possa comprometer a capacidade do governo de pagar suas obrigações.
O mecanismo da dívida pública é utilizado pelo governo quando a arrecadação é insuficiente para cobrir as despesas.
Assim, o governo emite títulos de dívida pública com prazos de vencimento no futuro para levantar capital no presente. Essa é a base para entender como funciona o Tesouro Nacional.
Os títulos são conhecidos como Tesouro Direto e são adquiridos por investidores, que recebem uma taxa de juros por emprestar o dinheiro para o governo. Eles seguem uma rentabilidade fixa, sendo corrigidos, por exemplo, pela Taxa Selic.
O Tesouro Nacional é o responsável por administrar a emissão e resgate desses títulos, além de garantir o pagamento dos juros acordados aos investidores.
Dessa forma, o Tesouro Nacional exerce um papel fundamental na gestão da economia brasileira, garantindo a estabilidade financeira do país e a solvência do governo.
Qual a diferença entre Tesouro Nacional e Tesouro Direto?
O Tesouro Nacional é o órgão responsável pela gestão financeira do Governo Federal brasileiro. Entretanto, é importante entender a diferença entre Tesouro Nacional e Tesouro Direto.
Similar à área financeira de uma empresa, o Tesouro Nacional realiza o controle das receitas e despesas do país.
Em casos em que o país não possui recursos suficientes para cobrir suas obrigações financeiras, o Tesouro Nacional pode recorrer a empréstimos para financiar a dívida pública.
Para viabilizar esse processo de captação de recursos, o Tesouro Nacional emite títulos da dívida pública que podem ser adquiridos por investidores por meio do programa Tesouro Direto.
Dessa forma, por meio do Tesouro Direto, o governo brasileiro obtém recursos para financiar seus compromissos financeiros e garantir a disponibilidade de recursos em caixa.
Quais os tipos de títulos do Tesouro Nacional?
Os títulos da dívida pública são emitidos pelo Tesouro Direto e apresentam diferentes características, sendo que cada um deles possui um modo específico de rentabilidade e de pagamento.
A seguir, serão apresentados os cinco tipos de títulos do Tesouro Direto disponíveis para investimento:
1. Tesouro Selic
O investimento no Tesouro Selic é pós-fixado e acompanha o desempenho da taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Nesse sentido, quanto maior for o valor da Selic, melhor será a rentabilidade desse título.
2. Tesouro Prefixado
Há também o Tesouro Prefixado. A rentabilidade desse título é fixada em um valor percentual, permitindo que o investidor conheça a rentabilidade previamente antes de adquirir o título.
Vale notar que esse tipo de título possuía anteriormente o nome de LTN (Letra de Tesouro Nacional). Essa nomenclatura mudou em 2015.
3. Tesouro Prefixado com Juros Semestrais
No Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, o rendimento é pago ao investidor em forma de “cupons”, ou seja, os pagamentos ocorrem antecipadamente a cada seis meses. Cada título possui uma data fixa para o pagamento.
4. Tesouro IPCA+
Há, ainda, o Tesouro IPCA+. Esse título tem sua rentabilidade atrelada à inflação, medida pelo IPCA. Dessa forma, oferece rendimento real, corrigido pela variação da inflação e acrescido de uma taxa prefixada de juros.
5. Tesouro IPCA+
Por fim, o Tesouro IPCA + com Juros Semestrais é um investimento que também oferece rendimento corrigido pela inflação (IPCA) e acrescido de uma taxa de juros prefixada.
O investidor recebe seus rendimentos em “cupons” antecipadamente a cada seis meses. Cada título possui uma data fixa para o pagamento.
Como investir no Tesouro Nacional?
Conforme mencionado anteriormente, é possível que qualquer indivíduo consiga investir no Tesouro Nacional, por meio do programa Tesouro Direto.
Este programa de investimento de renda fixa foi criado em parceria com a Bolsa de Valores do Brasil, a B3, e possui uma lógica bastante simples.
O investidor empresta recursos financeiros ao Governo com o objetivo de apoiar projetos de aprimoramento em áreas como educação, saúde e infraestrutura.
Posteriormente, o investidor recebe seus recursos financeiros corrigidos com juros, que representam o retorno do investimento.
É importante destacar que, na realidade, o investidor não está aplicando diretamente no Tesouro Nacional, mas sim nos títulos que são emitidos pelo órgão.
Também é fundamental lembrar que há títulos de curto prazo e aqueles de longo prazo, como os que são corrigidos com base no IPCA.
Qualquer pessoa física pode realizar aplicações nesse ativo, bastando acessar o site do Tesouro Direto ou recorrer a uma instituição financeira.
Para uma melhor compreensão do processo, serão apresentados abaixo os passos necessários para a efetivação do investimento.
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