Saiba quais foram os investimentos preferidos dos brasileiros em 2022
Total investido chegou a R$ 5 trilhões, 11,7% a mais do que em 2021; juros altos tem concentrado aportes em renda fixa
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Investimentos em renda fixa, como CDBs, LCIs e LCAs, ganham espaço entre os brasileiros (Evgeniia Siiankovskaia/Getty Images)

Publicado em 25 de abril de 2023, 07h30.
Última atualização em 5 de maio de 2023, 16h03.
O brasileiro vem investindo mais. Em 2022, o volume total de investimentos chegou a R$ 5 trilhões, um crescimento de 11,7% em relação aos R$ 4,5 trilhões registrados em 2021, segundo o mais recente balanço divulgado pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Essa alta, diz o relatório, foi puxada principalmente por investimentos em renda fixa, como CDBs (Certificados de Depósito Bancário), LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, respectivamente).
Ademir Correa Junior, presidente do Fórum de Distribuição da ANBIMA, explica que em tempos de inflação e alta taxa de juros – a Selic está em 13,75% ao ano -, é natural que os investidores aloquem seus recursos em produtos mais conservadores, como os de renda fixa. Ele diz também ser mais comum a busca por aplicações com isenção de imposto de renda, “em busca do conhecido tripé de rentabilidade, liquidez e segurança”.
Principais investimentos no Brasil
Os títulos e valores imobiliários se destacaram, totalizando R$ 2,4 trilhões em aportes, uma alta de 25,8% em relação ao fechamento de 2021. A participação desse tipo de investimento no mercado subiu de 42% para 47%.
Os fundos de investimento, por sua vez, responderam por R$ 1,5 bilhão do total investido, aumento de 4,2% em relação a 2021.
As aplicações em previdência atingiram R$ 187,3 bilhões, crescimento de 11,5% na comparação com 2021.
Em contrapartida, a poupança, historicamente a queridinha do brasileiro, agora está em outro patamar. Esse tipo de aplicação, em 2022, respondia por 18% da indústria, e perdeu 4% dos recursos no ano passado em relação a 2021, fechando o ano com aportes de R$ 949,3 bilhões.
Correa comenta que o endividamento das famílias brasileiras, que bateu recorde em 2022, fez muitos investidores retirarem dinheiro da poupança para pagar dívidas.
Investimentos em renda fixa
Entre os títulos e valores mobiliários, os CDBs lideraram o volume de investimento, fechando o ano com R$ 715,9 bilhões. A alta foi de 25,5% em relação a 2021.
As LCAs tiveram ganho de 76%, chegando a R$ 317,6 bilhões. Enquanto as LCIs subiram 67,6%, totalizando R$ 217,2 bilhões.
Para Correa, a taxa de juros a dois dígitos e a multiplicação de plataformas e bancos digitais fez com que alguns produtos, como CDS e as LCAs e LCIs, ganhassem mais atratividade.
Investimento em ações
O volume financeiro aplicado em ações caiu 4,2% em 2022, para R$ 619 bilhões. Isso impactou na participação desse tipo de ativo na indústria, caindo de 34,2% em dezembro de 2021 para 26% no fechamento do ano passado.
Fundos de renda fixa lideram
O comportamento dos investidores com fundos em seus portfólios seguiu o observado nos demais produtos, diz a ANBIMA. Isso significa que a classe de renda fixa liderou as aplicações, com alta de 12,9% em relação a 2021, totalizando R$ 512,1 bilhões.
Isentos de imposto de renda, os fundos imobiliários cresceram 14,1%, aumentando a participação para R$ 92,3 bilhões.
Os fundos de ações cresceram 3,5%, somando R$ 224,4 bilhões em volume aplicado no ano.
Em relação aos fundos multimercados, houve queda de 2,1% na comparação com 2021, encerrando o ano com R$ 672,2 bilhões.
Correa comenta que a queda dos multimercados, ainda que não tenha sido tão significativa em termos percentuais, foi a maior anual da série histórica. “Essa classe, por ter mais diversidade de papéis, títulos com prazos mais longos e maior exposição a risco, perdeu aplicações por causa dos juros altos.”
Influenciadores ajudam brasileiros a investir
Com o crescente interesse do brasileiro em investir, sobe também o número de “finfluencers”, que são as pessoas que falam de investimentos nas redes sociais.
A quantidade desse perfil de influenciador mais que dobrou ao longo de 2022, passando de 255 no primeiro semestre de 2022 para 515 nos últimos seis meses do ano passado. Os dados são da quarta edição do Finfluence – quem fala de investimentos nas redes sociais, produzido pela ANBIMA em parceria com o IBPAD (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados).
Os “finfluencers” falam para um total de 165,7 milhões de seguidores (alta de 76%), e são responsáveis por 1.257 perfis no Facebook, no Instagram, no Twitter e no Youtube. O número representa um crescimento de 116,4% em relação aos 581 perfis identificados na edição passada da pesquisa.
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