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O que dizem os gurus sobre o futuro dos criptoativos

Defensores das criptomoedas veem potencial, enquanto os críticos não veem nada além de risco. Confira

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Criptoativos: se você acordasse e descobrisse que ela foi banida pelos países desenvolvidos, você ficaria bem?, questiona um dos especialista (D3sign/Getty Images)

Criptoativos: se você acordasse e descobrisse que ela foi banida pelos países desenvolvidos, você ficaria bem?, questiona um dos especialista (D3sign/Getty Images)

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Publicado em 7 de junho de 2022, 09h00.

Última atualização em 5 de agosto de 2022, 11h01.

Os criptoativos caíram no gosto de alguns investidores, mas a verdade é que investir em criptomoedas é uma decisão arriscada.

Há um potencial de ganho financeiro, não dá para negar. Para se ter uma ideia, a capitalização de mercado do setor de criptomoedas aumentou de menos de 800 bilhões de dólares em janeiro de 2021 para 3 trilhões de dólares em dezembro do mesmo ano, de acordo com dados da CoinMarketCap

Em 2021, a maioria dos principais ativos digitais obteve retornos percentuais de três dígitos. Mas há um porém. Os criptoativos são altamente voláteis.

Em maio de 2022, por exemplo, no dia 11, o preço do bitcoin caiu para US$ 29.367 na mínima do dia, o menor valor desde janeiro de 2021. Os números negativos atingiram todas as 20 maiores criptomoedas do mundo por valor de mercado, com quedas que superaram os 20%. 

Então surge o dilema: investir em criptomoedas ou não? Para responder a esta pergunta, reunimos aqui os argumentos de alguns especialistas no assunto.

Qual é o futuro das criptomoedas

Qualquer um pode especular sobre o valor que a criptomoeda pode ter para os investidores nos próximos meses e anos (e muita gente fará isso), mas a realidade é que ainda é um investimento novo e especulativo, sem muito histórico para pautar as previsões. 

Por isso, é importante investir apenas o que você está preparado para perder e manter investimentos mais convencionais para a construção de riqueza a longo prazo.

“Se você acordasse uma manhã e descobrisse que a criptomoeda foi banida pelos países desenvolvidos e se tornou inútil, você ficaria bem?”, questionou Frederick Stanield, CFP da Lifewater Wealth Management em Atlanta, Geórgia, em uma entrevista recente à publicação americana Time. 

A dica, então, é a boa e velha diversificação de investimentos

Joseph A. Grundfest, professor da Stanford Law School, sentou-se recentemente para discutir como a criptomoeda está sendo usada atualmente, onde erros foram cometidos e o que o futuro reserva para essa tecnologia.

Como ex-comissário da Securities and Exchange Commission (a instituição que regula a bolsa americana, como a CVM no Brasil) e especialista em sistemas financeiros, o professor Grundfest comenta que os defensores do bitcoin e outras criptomoedas afirmam que essas plataformas financeiras são sistemas inerentemente sem confiança. Isso porque não estão diretamente vinculadas a nenhum estado-nação, governo ou órgão. 

Os defensores dos criptoativos veem isso como positivo porque, segundo eles, a criptomoeda é “superior às moedas físicas tradicionais, já que não dependem, por exemplo, do governo federal”.

Grundfest observa, no entanto, que as criptomoedas não são tão confiáveis assim. “Elas ainda dependem da infraestrutura subjacente que alimenta criptomoedas como o bitcoin, muitas das quais localizadas na China”, escreveu em um artigo. “O governo chinês poderia, teoricamente, fazer alterações nas criptomoedas em um nível fundamental, impondo sua vontade aos mineradores de dados que as mantêm em funcionamento.”

Como se vê, as perspectivas futuras das criptomoedas ainda têm muitas questões. Os defensores veem um potencial, enquanto os críticos não enxergam nada além de risco.

Portanto, qualquer decisão de investimento deve ser feita de forma consciente e levando em consideração a recomendação de especialistas para que os investimentos em cripto não ultrapassem 5% do portfólio.