Golpe do Pix: vale a pena contratar um seguro para cartão de crédito?
Além de proteger contra saques efetuados sob coação, alguns segurados já podem encontrar, nessa modalidade, cobertura contra golpes por Pix
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Seguro para cartão: prejuízo revertido em caso de extorsão ou sequestro (Banco PAN/Divulgação)
Publicado em 19 de agosto de 2022, 12h00.
Última atualização em 22 de agosto de 2022, 15h00.
Se você já assinou algum cheque na sua vida, sabe bem o quanto o setor de pagamentos se transformou nos últimos anos. E taí o Pix para provar. Lançado pelo Banco Central em 2020, ele atingiu no ano seguinte a marca de R$ 550 bilhões movimentados por mês.
A pandemia também ajudou a mudar a forma como os brasileiros consomem: desde que ela começou, segundo a Mastercard, o número de desbancarizados caiu 73%.
Tão impressionante quanto foi a explosão do uso de cartões de crédito na última década. Em 2011, o Banco Central registrou 3,86 milhões de operações processadas via cartão de crédito no Brasil. Em 2021, foram 12,6 milhões de transações, quase quatro vezes mais. Lá atrás, quando os talões de cheque eram tão comuns como os cartões telefônicos, quase todo mundo conhecia alguém que simplesmente não tinha cartão de crédito.
Todas essas novidades, porém, vieram seguidas de novas dores de cabeça – por culpa, claro, de bandidos e golpistas, sempre interessados em renovar suas táticas.
O que cobre o seguro para cartão de crédito?
Daí a relevância dos seguros para cartões. Em resumo, oferecem coberturas para compra e saque efetuados sob coação. Ou seja, quando o segurado é obrigado – em caso de extorsão ou sequestro – a utilizar seu cartão, o prejuízo é revertido.
Produtos do tipo também podem ser turbinados com a chamada bolsa protegida, cobertura estendida a itens carregados na bolsa ou na mochila roubada (o valor ressarcido, claro, nunca ultrapassa a quantia estipulada na hora da contratação).
Também dá para atrelar a seguros do tipo um serviço de assistência em caso de roubo. O segurado pode, ainda, em alguns casos, concorrer a sorteios mensais.
Como se proteger do golpe do Pix?
Com a chegada do Pix, alguns seguros também passaram a cobrir prejuízos relacionados à novidade e a transferências TED e DOC efetuadas por meio de aplicativos bancários ou pela internet. Protegem contra apps financeiros instalados no celular de forma indevida e transferências realizadas sob algum tipo de ameaça. Para proteger transações financeiras e compras feitas com o Pix, o Santander cobra menos de R$ 30 por mês.
“Vale a pena ter essa e outras proteções que só um seguro pode oferecer”, recomenda Mario Rolim Almeida, gerente executivo de seguros do Banco PAN. “Esse produto é indicado para todos os consumidores que possuem um cartão de crédito ou débito e para aqueles que usam o celular para efetuar transações Pix, TED ou DOC”.
Quanto custa o seguro para cartão?
No Banco PAN, por exemplo, o plano básico sai por R$ 1,99 por mês. Oferece cobertura de até R$ 2.000 em caso de saque ou compra sob coação. Inclui título de capitalização com sorteios mensais no valor de R$ 5.000, cobertura de morte acidental e para invalidez total por acidente.
O plano mais caro do Banco PAN custa R$ 14,50 por mês e inclui diferenciais como serviço de chaveiro, encanador e eletricista.
Vale a pena fazer um seguro para cartão?
Antes de fazer a contratação de um seguro para o seu cartão, o primeiro passo é verificar a idoneidade da seguradora. Também é importante conferir se as coberturas oferecidas se adequam ao perfil e limite do seu cartão, a vigência do seguro e se existe algum tipo carência. É o período que o cliente precisa esperar para acionar a cobertura do seguro.
Convém explicar que seguro de cartão e cartão virtual não são sinônimos. “Esse último é normalmente utilizado em compras online”, lembra o gerente executivo de seguros do Banco PAN. "Vinculado ao cartão físico, é um número temporário gerado pelo cliente via aplicativo do banco”.
Para que serve o cartão virtual?
O objetivo dos cartões virtuais é tornar mais difícil a ocorrência de fraudes, como a clonagem, por exemplo. É por isso que seus números perdem a validade logo após o uso.
Mas os virtuais não acabam com a ameaça ao seu dinheiro. Os cartões físicos, afinal, continuam existindo, assim como o Pix, o TED e o DOC, meios de pagamento muito utilizados pelos brasileiros. Para evitar qualquer dor de cabeça relacionada a meios de pagamento, os seguros são um remédio infalível.
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