O que é Dissídio Salarial e quem tem direito?
Saiba como funciona o dissídio e como receber esse direito.
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David Malan (David Malan/Getty Images)

Publicado em 11 de maio de 2023, 07h30.
O dissídio salarial é um processo de negociação coletiva entre empregadores e empregados, que visa ajustar os salários e benefícios dos trabalhadores.
É um direito previsto na Constituição Federal e na CLT, porém, muitas pessoas desconhecem os seus direitos em relação ao dissídio.
Na leitura abaixo, você vai entender o que é dissídio salarial e quem tem direito a esse processo.
O que é Dissídio Salarial?
Dissídio salarial é um processo de negociação coletiva entre empregadores e empregados, com o objetivo de ajustar os salários e benefícios dos trabalhadores. Geralmente, ocorre quando o acordo anterior entre as partes expira e um novo acordo precisa ser negociado.
O dissídio pode ser iniciado por qualquer uma das partes e pode envolver a mediação de um terceiro neutro, como um tribunal trabalhista.
Durante o processo, as partes apresentam suas propostas e tentam chegar a um acordo sobre o reajuste salarial e outros benefícios, como vale-alimentação e plano de saúde.
Se não houver acordo, pode ser necessário um julgamento para determinar as condições de trabalho.
De fato, além de economizar dinheiro, seja comprando menos ou com programas de cashback, é fundamental entender como funciona o dissídio salarial.
Quais os tipos de Dissídio Salarial?
Existem dois tipos de dissídio salarial, cada um com suas características:
1. Dissídio Individual
O dissídio individual é um processo judicial que ocorre quando um trabalhador não concorda com o valor do seu salário ou com os benefícios oferecidos pela empresa.
Nesse caso, o trabalhador pode entrar com uma ação na justiça do trabalho para obter um reajuste salarial ou melhores condições de trabalho. Dessa forma, o trabalhador pode ganhar mais dinheiro para investir ou fazer uma reserva.
2. Dissídio Coletivo
O dissídio coletivo é um processo que ocorre quando não há acordo entre sindicatos de trabalhadores e empregadores em relação ao valor dos salários e benefícios.
Nesse caso, o sindicato pode entrar com uma ação na justiça do trabalho para obter um reajuste salarial para todos os trabalhadores da categoria.
O dissídio salarial é um direito garantido por lei a todos os trabalhadores com carteira assinada. Ele é regulamentado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e deve ser acordado entre as empresas e os sindicatos.
Quem tem direito ao Dissídio Salarial?
O dissídio salarial é um direito previsto na legislação trabalhista brasileira que garante a correção salarial dos trabalhadores de uma determinada categoria ou empresa.
Mas afinal, quem tem direito ao dissídio salarial? De acordo com a lei, todos os trabalhadores têm direito ao dissídio salarial, desde que estejam devidamente registrados e atuando na empresa no momento da data-base, que é o período em que ocorre a negociação do reajuste salarial.
Além disso, é importante lembrar que o dissídio salarial é um direito coletivo, ou seja, é negociado entre a empresa e o sindicato que representa a categoria profissional dos trabalhadores.
Dessa forma, mesmo que o trabalhador individualmente não tenha participado diretamente das negociações, ele é beneficiado pelo reajuste salarial acordado e assim pode economizar mais dinheiro para investir ou fazer compras importantes, por exemplo.
É importante ressaltar que o dissídio salarial não se aplica aos trabalhadores que possuem contrato de trabalho temporário, pois esses profissionais estão sujeitos a outras regras e condições de trabalho.
Como calcular o Dissídio Salarial?
Para calcular o dissídio salarial, é necessário verificar qual é a taxa de reajuste salarial prevista no Acordo ou Convenção Coletiva da categoria profissional em questão.
Sabendo qual é a taxa determinada, basta aplicar a fórmula: salário atual + (salário atual x percentual do reajuste).
Por exemplo, se um colaborador recebe um salário de R$ 2.000,00 por mês e o dissídio do sindicato foi de 5%, o valor final do salário para sua categoria será de R$ 2.100,00.
É importante lembrar que o dissídio salarial deve ser calculado anualmente, respeitando a data-base estabelecida no Acordo ou Convenção Coletiva da categoria profissional.
Esse valor de reajuste leva em conta diversos fatores, como o processo de inflação, e o piso da categoria.
Além disso, é fundamental que a empresa esteja em dia com as obrigações trabalhistas e cumpra todas as determinações legais referentes ao dissídio salarial, evitando assim possíveis processos judiciais.
Como é pago o Dissídio Salarial?
O dissídio salarial é um aumento concedido aos trabalhadores de uma empresa ou categoria profissional, geralmente anualmente, como forma de reajustar o salário de acordo com a inflação e outras condições do mercado.
Em geral, o dissídio salarial é pago em parcelas, ao longo do ano, de acordo com o acordo coletivo ou convenção coletiva firmada entre a empresa e o sindicato da categoria.
Porém, em alguns casos, pode ser pago de uma só vez, em um único pagamento. Isso pode ajudar no planejamento financeiro com o pagamento de dívidas, por exemplo.
Além disso, é importante lembrar que o dissídio salarial não é um aumento automático e obrigatório, mas sim uma negociação entre a empresa e o sindicato da categoria. É importante ter em mente quando se pensa em como é pago o dissídio salarial.
Portanto, pode haver casos em que o dissídio não seja concedido ou que seja concedido em valor inferior ao esperado pelos trabalhadores.
Por fim, é importante destacar que o dissídio salarial não é o mesmo que o décimo terceiro salário, que é um benefício obrigatório pago a todos os trabalhadores com carteira assinada no Brasil, correspondente a um salário extra pago no final do ano.
Diferenças entre Dissídio e Aumento Salarial
O dissídio salarial é um termo comum no vocabulário dos trabalhadores brasileiros, mas muitos ainda têm dúvidas sobre o que ele significa e como se diferencia do aumento salarial. Veja abaixo a diferença entre dissídio salarial e aumento salarial.
Em resumo, o dissídio é uma correção anual ou bianual do salário dos colaboradores, enquanto o aumento salarial pode ser dado a qualquer momento, a critério da empresa. Com esse aumento, o trabalhador pode criar uma reserva de emergência, por exemplo.
Outra diferença importante é que o dissídio é baseado na inflação e em outras condições econômicas, enquanto o aumento salarial pode ser concedido por vários motivos, como aumento de produtividade, desempenho excepcional ou promoção.
Além disso, o dissídio é geralmente negociado em acordos coletivos entre sindicatos e empregadores, enquanto o aumento salarial pode ser negociado individualmente ou em grupo.
O que acontece quando a empresa não paga o Dissídio Salarial?
Por fim, é importante saber o que acontece quando a empresa não paga o dissídio salarial. Nesse caso, o colaborador ou sindicato pode entrar com uma ação judicial no Ministério do Trabalho.
É importante lembrar que a convenção ou acordo coletivo estipula a multa a ser paga pela empresa caso o dissídio não seja pago no prazo estabelecido.
A empresa que não paga o dissídio salarial pode enfrentar consequências legais, como multas e processos trabalhistas.
Além disso, a falta de pagamento pode gerar insatisfação e desmotivação nos colaboradores, afetando a produtividade e o clima organizacional.
Por isso, é fundamental que a empresa cumpra com suas obrigações trabalhistas e mantenha um diálogo transparente com seus funcionários sobre questões salariais e benefícios.
Uma vez que o trabalhador receba seu aumento, pode usá-lo para diversas funções, até mesmo para limpar o seu nome no Serasa, por exemplo.
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