Agenda semanal da economia, por Julio Hegedus
Nesta segunda-feira, os mercados abriram no vermelho, ainda refletindo um certo receio com o ritmo de retomada da economia global. Ao longo do dia, a volatilidade se manteve, mas ao fim houve uma tênue reação, motivada pela possível revisão da agência de rating Moody´s sobre o “risco Brasil”, devendo ter mais uma promoção a investment grade. Lembremos que só faltava esta agência na revisão do País, já que as outras […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2009 às 01h07.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 13h29.
Nesta segunda-feira, os mercados abriram no vermelho, ainda refletindo um certo receio com o ritmo de retomada da economia global. Ao longo do dia, a volatilidade se manteve, mas ao fim houve uma tênue reação, motivada pela possível revisão da agência de rating Moody´s sobre o “risco Brasil”, devendo ter mais uma promoção a investment grade. Lembremos que só faltava esta agência na revisão do País, já que as outras duas, Fitch e Standard & Poor´s já deram seu parece favorável ao País. Atualmente, pela Moody´s o Brasil é Ba1 na dívida em moeda local e estrangeira do governo e esta promoção vem de encontro à “maior resistência do País em relação à crise”.
Além disto, por aqui saíram também os dados da pesquisa Focus, com destaque para a tênue redução do câmbio, de R$ 2,00 para R$ 1,99 ao fim de 2009, com a Selic mantida em 8,75%. Aliás, é bem provável mais um corte da taxa de juros, dos atuais 9,25% para 8,75% na próxima reunião do Copom, dias 21 e 22 de julho.
O fato é que este mês de julho se inicia sob o “manto da incertezas”, no que diz respeito ao ritmo de recuperação da economia global. Muitos consideram superada a pior fase da crise, mas os sinais da economia ainda são contraditórios sobre a retomada. Nos EUA, a atividade econômica segue fraca, o desemprego deve passar dos 10% da PEA, e o ânimo dos agentes é baixo. Pelo lado dos emergentes, é consenso o cenário de lenta retomada, o que nos leva a crer que estes devem sair da crise antes dos ricos.
Na agenda semanal, temos destaque para os indicadores industriais de maio (CNI) (terça-feira), o IPCA (quarta-feira) e a pesquisa sobre emprego e salário na indústria do IBGE (sexta-feira). Sobre o IPCA de junho, a previsão é de 0,3%, com a Focus prevendo 4,4% para 2009. Nos EUA, destaque para o ISM de junho, mostrando alguma reação, 47 pontos, contra 44 em maio, mas ainda abaixo dos 50 pontos. Saem também os dados de confiança do consumidor dos EUA (sexta-feira) e o PIB do primeiro trimestre na zona do euro (quarta-feira). Na China, a produção industrial em junho na terça-feira. Outro fato a chamar a atenção nesta semana é o feriado do dia 9 de julho em São Paulo e na Europa a reunião do G8 em L´Aquila, na Itália, tendo como tema mais polêmico o debate em torno da nova moeda para o comércio internacional.
Por fim, o FMI divulga nesta terça-feira uma revisão das suas projeções para a economia mundial. Nesta, o que se tem é uma melhoria pelo desempenho dos países emergentes. A previsão de crescimento mundial agora é de mais de 2,0% em 2010. Para este ano, porém, o FMI é mais cauteloso, mantendo a previsão de queda de 1,3%. Sobre o Brasil, a projeção do FMI para este ano era de queda de 1,3% no PIB este ano.
Nesta segunda-feira, os mercados abriram no vermelho, ainda refletindo um certo receio com o ritmo de retomada da economia global. Ao longo do dia, a volatilidade se manteve, mas ao fim houve uma tênue reação, motivada pela possível revisão da agência de rating Moody´s sobre o “risco Brasil”, devendo ter mais uma promoção a investment grade. Lembremos que só faltava esta agência na revisão do País, já que as outras duas, Fitch e Standard & Poor´s já deram seu parece favorável ao País. Atualmente, pela Moody´s o Brasil é Ba1 na dívida em moeda local e estrangeira do governo e esta promoção vem de encontro à “maior resistência do País em relação à crise”.
Além disto, por aqui saíram também os dados da pesquisa Focus, com destaque para a tênue redução do câmbio, de R$ 2,00 para R$ 1,99 ao fim de 2009, com a Selic mantida em 8,75%. Aliás, é bem provável mais um corte da taxa de juros, dos atuais 9,25% para 8,75% na próxima reunião do Copom, dias 21 e 22 de julho.
O fato é que este mês de julho se inicia sob o “manto da incertezas”, no que diz respeito ao ritmo de recuperação da economia global. Muitos consideram superada a pior fase da crise, mas os sinais da economia ainda são contraditórios sobre a retomada. Nos EUA, a atividade econômica segue fraca, o desemprego deve passar dos 10% da PEA, e o ânimo dos agentes é baixo. Pelo lado dos emergentes, é consenso o cenário de lenta retomada, o que nos leva a crer que estes devem sair da crise antes dos ricos.
Na agenda semanal, temos destaque para os indicadores industriais de maio (CNI) (terça-feira), o IPCA (quarta-feira) e a pesquisa sobre emprego e salário na indústria do IBGE (sexta-feira). Sobre o IPCA de junho, a previsão é de 0,3%, com a Focus prevendo 4,4% para 2009. Nos EUA, destaque para o ISM de junho, mostrando alguma reação, 47 pontos, contra 44 em maio, mas ainda abaixo dos 50 pontos. Saem também os dados de confiança do consumidor dos EUA (sexta-feira) e o PIB do primeiro trimestre na zona do euro (quarta-feira). Na China, a produção industrial em junho na terça-feira. Outro fato a chamar a atenção nesta semana é o feriado do dia 9 de julho em São Paulo e na Europa a reunião do G8 em L´Aquila, na Itália, tendo como tema mais polêmico o debate em torno da nova moeda para o comércio internacional.
Por fim, o FMI divulga nesta terça-feira uma revisão das suas projeções para a economia mundial. Nesta, o que se tem é uma melhoria pelo desempenho dos países emergentes. A previsão de crescimento mundial agora é de mais de 2,0% em 2010. Para este ano, porém, o FMI é mais cauteloso, mantendo a previsão de queda de 1,3%. Sobre o Brasil, a projeção do FMI para este ano era de queda de 1,3% no PIB este ano.