Ciência

Brasil recebe hoje 1,5 milhão de doses da vacina Janssen

Além do atraso, o lote é metade do previsto e chega com prazo de validade esticado

Vacina da Janssen, braço farmacêutico da Johnson&Johnson. (AFP/AFP)

Vacina da Janssen, braço farmacêutico da Johnson&Johnson. (AFP/AFP)

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Depois de uma semana de atraso, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comemorou a chegada ao Brasil na manhã desta terça-feira do primeiro lote com 1,5 milhão de doses da vacina contra Covid-19 da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, e disse que espera acabar com o caráter pandêmico da doença no país com toda a população maior de 18 anos vacinada com uma primeira doe até setembro.

"A certeza de que, em setembro, teremos a população acima de 18 anos imunizada com a primeira dose da vacina contra Covid-19 e a esperança de pôr fim ao caráter pandêmico desta doença", disse ele, em sua fala no Aeroporto de Guarulhos, onde acompanhou a chegada das primeiras doses do imunizante, aplicado em dose única, ao Brasil.

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O ministro destacou ainda o fato de que as negociações com o laboratório resultaram numa economia de 25% do valor da compra, de 400 milhões de reais. O Ministério da Saúde tem contrato para fornecimento de 38 milhões de doses da vacina da Janssen ao país.

O novo lote deve ser suficiente para imunizar 1,5 milhões de brasileiros, já que a vacina precisa de somente uma dose para garantir imunidade.

Os imunizantes desembarcam com a missão de manter os níveis de vacinação do Brasil acima de milhões de aplicações por dia, e garantir que postos não fiquem parados. Isto porque é necessário que todas as aplicações sejam feitas até agosto, devido ao prazo máximo da validade da Janssen.

A data inicialmente considerada pelo governo federal era de até 27 de junho, mas uma estudo da Anvisa garantiu que seria possível usar os imunizantes até 8 de agosto, desde que armazenados em temperatura de 2° a 8°C.

Assim como a vacina da AstraZeneca, a vacina da Janssen é baseada em um adenovírus, que é unido ao material genético das proteínas da espícula do coronavírus (que são usadas pelo vírus para infectar as células humanas). Durante a fase de estudos, a vacina teve 72% de eficácia nos testes realizados nos Estados Unidos, e 66% na América Latina, acima da taxa de 50% exigida pela Anvisa.

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