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Transplante de medula cura problema da mente

São Paulo - Transplante de medula óssea curou ratos que obsessivamente arrancavam pêlos do corpo - o que sugere uma ligação entre doenças psiquiátricas e o sistema imunológico. A pesquisa foi conduzida pelo Dr.Mario Capecchi, da Universidade de Utah, ganhador do prêmio Nobel 2007 de Medicina, e publicada na Cell. O dr. Capecchi descobriu que o […]

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Paula Rothman

Publicado em 10 de outubro de 2010 às, 03h48.

São Paulo - Transplante de medula óssea curou ratos que obsessivamente arrancavam pêlos do corpo - o que sugere uma ligação entre doenças psiquiátricas e o sistema imunológico.

A pesquisa foi conduzida pelo Dr.Mario Capecchi, da Universidade de Utah, ganhador do prêmio Nobel 2007 de Medicina, e publicada na Cell.

O dr. Capecchi descobriu que o transplante de medula óssea curou ratos que possuíam um gene mutante que os fazia arrancar os próprios pêlos compulsivamente. Este é o primeiro estudo que mostra a ligação de causa e efeito entre o sistema imunológico e doenças psiquiátricas.

Os resultados apontam para possíveis novos tratamentos em humanos, uma vez que arrancar pêlos do corpo é uma doença relativamente comum, afetando entre 1,9% e 2,5% das pessoas.

Nos ratos, o gene mutante que causa esse comportamento é chamado Hoxb8, e é ele o responsável por um tipo de célula do sistema imunológico que nasce defeituosa. Esta célula tem origem na medula e migra através do sangue para o cérebro.


No experimento, os cientistas transplantaram medula de um rato normal para 10 ratos com a mutação e, consequentemente, com a compulsão de arrancar pêlos de seu próprio peito, barriga e laterais.

Ao longo dos meses após o procedimento, o comportamento começou a se normalizar: quatro ratos se recuperaram completamente e os outros seis mostraram aumento do crescimento capilar e na cicatrização das feridas.

Os pesquisadores também transplantaram medula dos ratos com a mutação no gene Hoxb8 para ratos normais, e estes começaram a arrancar seus pêlos.

Os cientistas alertam, no entanto, que não estão sugerindo que transplantes de medula sejam usados para tratar qualquer distúrbio psiquiátrico, pois são procedimentos grandes, com riscos e que devem ser usados para tratar doenças que causam risco de vida.

As descobertas fornecem evidências de uma ligação direta entre doenças neuropsiquiátricas e disfunções no sistema imunológico, e podem ajudar na criação de novos tratamentos (mesmo que não ligados diretamente a um transplante).


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