- Últimas notícias
- Revista EXAME
- YPO - Líderes Extraordinários
- Exame IN
- Brasil
- Clima
- PME & Negócios
- Exame CEO
- ExameLab
- Bússola
- Casual
- Inteligência Artificial
- Ciência
- Economia
- Colunistas
- Esfera Brasil
- Exame Agro
- Inovação
- Marketing
- Melhores e Maiores
- Mundo
- Mercado Imobiliário
- Net Zero
- POP
- Esporte
- Seguros
- Tecnologia
- Vídeos
- Expediente
Syngenta pode gerar nova disputa com China por transgênico
Nova variedade de milho está aumentando temores sobre a possibilidade de haver uma nova disputa comercial dos EUA com a China
Modo escuro
Avião lança produtos químicos sobre uma plantação de milho sendo preparada para a colheita em East Carroll Parish, Louisiana (Ty Wright/Bloomberg)
Publicado em 21 de janeiro de 2014 às, 16h24.
Chicago - A Syngenta AG está avançando nos Estados Unidos com uma nova variedade de milho transgênico não aprovado pela China, aumentando temores sobre a possibilidade de haver uma nova disputa comercial sobre produtos de biotecnologia com o importador de alimentos de crescimento mais rápido do mundo.
Enquanto a indústria de grãos os EUA atua junto ao governo chinês para fazer com que Pequim pare de rejeitar cargas de milho com a variedade geneticamente modificada da Syngenta MIR 162, os agricultores do Meio-Oeste estão pesando a possibilidade de se arriscar com um novo produto da empresa suíça, projetado para combater pragas de raiz.
A Syngenta, maior empresa de agroquímicos do mundo, disse que sua semente Agrisure Duracade estará disponível para o plantio pela primeira vez neste ano em "quantidades limitadas", após autoridades norte-americanas aprovarem a venda e o cultivo da variedade no ano passado.
Para os produtores, no entanto, este pode ser um risco que vale a pena correr: infestações de pragas têm se revelado um enorme desafio nos grandes Estados produtores, como Iowa e Illinois, após os agricultores plantarem milho nos mesmos campos ano após ano para aproveitar os altos preços do grão.
A prática tradicional de alternar o plantio do milho e da soja ajuda a controlar melhor as pragas.
O plantio da variedade Duracade, no entanto, ameaça causar novas interrupções --além de milhões de dólares em perdas-- para os operadores globais de grãos, caso o transgênico seja misturado na principal cadeia de abastecimento e cause uma nova rodada de rejeições da China, como alguns analistas temem.
A comercialização da Duracade poderia "contaminar ainda mais, desacelerar, prejudicar" os embarques do milho dos EUA para a China, disse o vice-presidente de pesquisa de commodities da corretora RJ O'Brien, Rich Feltes, em uma entrevista recente.
A questão já dividiu o setor agrícola, com um grupo nacional de produtores pedindo no passado a aprovação da variedade ao Departamento de Agricultura dos EUA, enquanto grupos agrícolas advertiram em 2012 que ela poderia prejudicar o comércio dos EUA, uma vez que não foi aceita por todos os principais importadores.
Algumas empresas de sementes dos EUA se recusaram a licenciar a nova variedade Duracade da Syngenta, por conta de preocupações de que os produtores teriam problemas caso os armazéns e exportadores se recusassem a comprar cargas de milho contendo o transgênico.
Os EUA devem exportar 1,45 bilhão de bushels (cerca de 37 milhões de toneladas) de milho no ano-safra terminando em 31 de agosto, volume que representa 10 por cento da última safra.
A China importou 637.045 toneladas de milho dos Estados Unidos em dezembro, queda de 19 por cento ante novembro, mostraram dados oficiais nesta terça-feira, em um momento em que Pequim está rejeitando muitos carregamentos dos EUA devido à presença da variedade transgênica MIR 162, também não aprovada.
Pequim rejeitou mais de 600 mil toneladas de milho dos EUA desde novembro e impôs verificações bastante restritivas para os carregamentos de derivados de milho depois que detectou a presença da variedade MIR 162, da Syngenta.
Mais lidas em Ciência
Últimas Notícias
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
Lead Energy quer reduzir R$ 1 bi na conta de luz dos brasileiros até 2027
Ceará deve se tornar um dos maiores produtores do combustível do futuro
“O número de ciberataques tem crescido 20% ao ano”, diz a Huawei
“A geração de energia caminha lado a lado com o desenvolvimento econômico”, diz Paulo Câmara
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.