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Risco de colisão cresce com cada vez mais satélites na órbita da Terra

Espaço pode se tornar cada vez mais arriscado para empresas enviarem equipamentos caros

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Congestionamento estelar: excesso de objetos na órbita da Terra eleva risco de colisão (AstriaGraph/Reprodução)

Congestionamento estelar: excesso de objetos na órbita da Terra eleva risco de colisão (AstriaGraph/Reprodução)

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Thiago Lavado

Publicado em 20 de janeiro de 2021, 18h57.

Última atualização em 22 de janeiro de 2021, 12h18.

Entre satélites ativos e lixo espacial, há mais de 26.000 objetos circulando a órbita da terra atualmente.

E mais são adicionados todos os meses: a companhia Starlink, de Elon Musk, que planeja levar internet para todas as regiões do planeta, por exemplo, é conhecida por enviar à órbita mais próxima da Terra até 60 satélites de uma só vez.

O problema é que o risco de colisão e o congestionamento de objetos no espaço só cresce. É comum vermos relatos de possível colisão entre objetos que não estão mais em uso.

Um pesquisador da Universidade do Texas em Austin, Moriba Jah desenvolveu um sistema de visualização para entender o tamanho do problema.

É possível ver na plataforma onde estão e qual é status atual dos objetos no espaço. De acordo com o pesquisador, os pontos em ciano são objetos ou satélites que já funcionaram, mas agora estão fora de ação. Os pontos amarelos ainda estão funcionando. Os demais não foram totalmente catalogados, são peças sobressalentes de foguetes ou então apenas lixo espacial.

O número de objetos cresce não só porque mais satélites estão sendo lançados, mas também porque há mais colisões acontecendo entre os que já estão lá.

Quando dois objetos se chocam em órbita, geraram detritos que podem se chocar com outros e iniciar uma reação em cadeia, que no longo prazo vai ficando cada vez mais comum, danificando material que ainda funciona e hardware caro.

Esse efeito, no ponto mais crítico, pode começar a levar a colisões espaciais mesmo quando nenhum novo satélite é lançado. Ele é conhecido como Síndrome de Kessler e é discutido pela Nasa desde os anos 1970.

Limpar os objetos que são enviados ao espaço é um trabalho difícil — e que atualmente não está inserido no ciclo de vida de um satélite. O lixo espacial é um exemplo de mal uso de um bem coletivo: como o espaço não pertence a um governo definido, não há cobranças para uso inconsequente.

O Tratado Espacial de 1967 estabelece que a responsabilidade por material enviado às órbitas da terra pertence ao país que realizou o lançamento. Mas há poucas regras regionais sobre como lidar com lixo espacial. A França, por exemplo, estabelece que resíduos de foguetes caiam no mar.

Outra solução pode ser incentivar empresas a recolher lixo do espaço, e pagar por isso. Ao custo das empresas que se beneficiam do uso da órbita terrestre. Uma das empresas de Musk, a SpaceX, quer fazer uma faxina fora da Terra, coletando um pouco do lixo que acumula na órbita.

 

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