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Novo Google Glass vai estar em um consultório perto de você

Teste de médico que colocou um Google Glass e transmitiu o vídeo de uma cirurgia para escritório mostra o potencial da tecnologia

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	Google Glass: Google deve lançar uma nova versão do Glass nos próximos meses e fabricantes de equipamentos médicos, hospitais e médicos de cabeceira estão esperando ansiosamente pelas melhorias
 (Justin Sullivan/AFP)

Google Glass: Google deve lançar uma nova versão do Glass nos próximos meses e fabricantes de equipamentos médicos, hospitais e médicos de cabeceira estão esperando ansiosamente pelas melhorias (Justin Sullivan/AFP)

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Olga Kharif e Brian Womack

Publicado em 20 de agosto de 2015 às, 22h32.

Há algumas semanas, um médico da Nova Zelândia colocou um Google Glass e transmitiu o vídeo de uma cirurgia aórtica para os escritórios da Endologix Inc., fabricante de equipamentos médicos, nos EUA.

O teste demonstrou o poder potencial de uma tecnologia que fracassou de forma notável com os consumidores, mas que rapidamente está se tornando um acessório ideal para a Medicina.

A Google deve lançar uma nova versão do Glass nos próximos meses e fabricantes de equipamentos médicos, hospitais e médicos de cabeceira estão esperando ansiosamente pelas melhorias.

Dentre elas, provavelmente estarão uma lente ajustável, bateria mais duradoura e resistência à água, de acordo com pessoas que conhecem o projeto.

Os profissionais da área de saúde consideram que o Glass – os óculos leves que possibilitam que os usuários transmitam acontecimentos em tempo real, façam anotações, naveguem pela internet e mais – é um modo de economizar dinheiro e oferecer um atendimento melhor.

A Endologix pretende usar o Glass para capacitar médicos a implantar os stents e a tecnologia de enxerto arterial que comercializa.

“No futuro, eu posso imaginar que todos os médicos usarão o Glass para treinamentos”, disse Keri Hawkins, diretora internacional de capacitação profissional da Endologix. “Ele vai mudar a forma de treinamento em assistência médica”.

Fracasso inicial

Quando a Google lançou o Glass em 2013, o entusiasmo inicial pelo conceito rapidamente deu lugar ao ridículo.

Os primeiros usuários, dispostos a pagar US$ 1.500 pelos óculos de streaming da internet, foram chamados de “glassholes” (algo como “otários de óculos”) e a Google deixou de vender o aparelho aos consumidores no início deste ano.

Mesmo assim, a companhia disse que continuaria investindo no mercado corporativo e anunciou no ano passado o “Glass at Work”, uma iniciativa para estimular os desenvolvedores a se orientarem para as empresas.

Um conjunto de startups está fazendo exatamente isso para diversos setores, como assistência médica, telecomunicações, produção industrial e energia.

“Identificamos as aplicações médicas muito cedo”, disse Jim Kovach, vice-presidente sênior da CrowdOptic, que vende software do Glass para setores como assistência média e esportes.

“Você pensa: ‘Nossa, isso poderia ser uma ótima ferramenta clínica’. Quando a Google disse que iríamos cortar gastos, nós estávamos prontos”.

Ramón Llamas, analista da empresa de pesquisa IDC, diz que a maioria dos aparelhos Glass vendidos no ano passado provavelmente foi para clientes corporativos – muitos deles do setor médico – que continuaram comprando neste ano.

Os distribuidores entrevistados pela reportagem dizem que a Google pode ter vendido centenas de milhares de unidades.

O Glass está sendo mais vendido do que outros óculos leves do tipo em uma proporção de pelo menos seis a um, de acordo com Brian Ballard, que dirige a APX Labs, uma empresa que fornece software para aparelhos de vestir.

Novidades

Os distribuidores e fornecedores de software acreditam que as vendas do Glass vão aumentar quando a nova versão for lançada. No início deste ano, Tony Fadell – que ajudou a projetar o iPod, da Apple Inc., antes de criar o termostato Nest – está agora a cargo do projeto Glass, com a responsabilidade de tornar o aparelho mais elegante e fácil de usar.

A lente, ou prisma, é maior, disseram fontes do setor, e pode ser ajustada para cima ou para baixo – algo que a versão anterior não permitia. Agora dobrável, o aparelho possibilitará que os usuários ativem ou desativem as lentes de grau com um botão.

Além de uma bateria mais potente, o novo Glass tem também duas antenas para melhorar a conectividade, disseram as fontes, que pediram anonimato porque essas informações não são públicas.

O aparelho também é resistente à água, então os médicos poderão limpá-lo de forma segura com um antisséptico, disseram.

Para a Endologix, que utiliza tecnologia da CrowdOptic, o Glass promete ajudar a reduzir custos.

Atualmente, a empresa convida pequenos grupos de médicos para participar do treinamento em cirurgias; no futuro, até 450 pessoas poderão assistir em seus computadores a um cirurgião que esteja usando o Glass, fazer perguntas e obter as respostas em tempo real.

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