Nova variante do coronavírus é descoberta no Amazonas
Mutação do novo coronavírus está sendo analisada pela Fiocruz. Recentemente, o governo japonês informou que quatro turistas voltaram infectados do Amazonas
Coronavírus: mutações podem tornar a doença mais transmissível (Kaust/Ivan Viola/Divulgação)
12 de janeiro de 2021, 18h07
Pesquisadores da Fiocruz afirmam ter encontrado uma nova variante do coronavírus no Brasil. A cepa foi encontrada no Amazonas e detalhes específicos sobre esta variação do vírus Sars-CoV-2 ainda são desconhecidos. A expectativa é de que a fundação divulgue ainda nesta terça-feira uma nota técnica explicando o achado.
É preciso lembrar que recentemente, no domingo (10), o governo japonês anunciou que quatro viajantes que estiveram no Amazonas e retornaram ao país no dia 2 de janeiro estavam infectados com a nova cepa do coronavírus. Ainda não há uma conclusão se a variante encontrada nos turistas japoneses é a mesma anunciada nesta terça pela Fiocruz.
As mutações do vírus Sars-CoV-2 estão preocupando autoridades de saúde no mundo inteiro. Recentemente, o primeiro caso de reinfecção por uma variante da covid-19 foi detectado no Brasil. Neste caso, trata-se de uma variante que pode ter tido origem na África do Sul. Semanas atrás, cientistas do Imperial College London indicaram que novas variantes da doença podem ter um potencial de transmissão ainda maior.
No fim do ano passado, o Ministério da Saúde confirmou que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de São Paulo foi notificado por laboratórios da Dasa a respeito da suspeita de dois casos de uma nova variante do coronavírus circulando no estado de São Paulo.
O Brasil já registra 8,1 milhões de casos do novo coronavírus e 203 mil mortes. No Amazonas foram 216 mil pessoas infectadas pela doença e mais de 5.700 casos fatais.
Vacinas devem funcionar
Apesar da preocupação com as variantes, especialistas americanos e britânicos afirmaram que algumas das vacinas já aprovadas para uso contra a covid-19 continuarão a funcionar mesmo com as mudanças. É o caso das vacinas da americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech, da Moderna e da AstraZeneca — em todos esses casos, o imunizante ataca a espícula do vírus, independentemente de suas mutações.
Em entrevista à emissora americana CNBC, Vin Gupta, professor da Universidade de Washington, afirmou “estar confiante que as vacinas protegerão contra diferentes cepas da covid”. “Existe uma crença muito forte de que a vacina, como existe hoje, terá eficácia para prevenir infecções dessa nova variação na Inglaterra, assim como protege contra a cepa antiga que estamos tentando conter por meses”, afirmou Gupta. Segundo Gupta, isso acontece porque a variante tem cepas muito parecidas com as “originais” da covid-19.
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