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Remy Sharp
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A Nasa divulgou nesta quarta-feira, 12, uma nova imagem espetacular do nascimento de estrelas semelhantes ao Sol, em que é possível ver jatos de gás vermelho explodindo no cosmos e poeira incandescente, coincidindo também com o aniversário do telescópio espacial James Webb.

A captura provém da região de formação de estrelas mais próxima da Terra, a 390 anos-luz, situada na nuvem de gás de Rho Ophiuchi.

A imagem, que contém cerca de 50 estrelas jovens de tamanho similar ao Sol, "nos permite ser testemunha de um brevíssimo período do ciclo vital estelar com uma nova clareza", disse Klaus Pontoppidan, cientista do projeto Webb, explicando que o próprio Sol viveu uma fase como essa "há muito tempo".

Em 12 de julho de 2022, a agência espacial americana revelou as primeiras fotos coloridas do telescópio, localizado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, o que marcou o início das operações científicas desta joia tecnológica.

Imagem divulgada pela Nasa em 12 de julho de 2023, obtida pelo telescópio espacial James Webb, mostra a formação estelar na região mais próxima da Terra, a 390 anos-luz de distância, na nuvem de gás Rho Ophiuchi

"Em apenas um ano, o telescópio espacial James Webb transformou a visão da humanidade sobre o cosmos, observando através de nuvens de poeira e vendo a luz de cantos distantes do universo pela primeira vez", disse o diretor da Nasa, Bill Nelson.

"Cada nova imagem é uma nova descoberta que permite que cientistas de todo o mundo perguntem e respondam a perguntas com as quais nem sonhavam antes", acrescentou.

Em seu primeiro aniversário, a Nasa planeja um especial para rever todas as descobertas durante uma transmissão de vídeo ao vivo pela Internet.

Infravermelho

Há um ano, o telescópio James Webb deslumbra astrônomos com imagens de alta precisão jamais vistas.

Até o momento, ele observou a galáxia mais distante já detectada, além de buracos negros, e mediu pela primeira vez a temperatura de planetas rochosos distantes — que se assemelham à Terra —, cuja atmosfera começou a analisar.

Com observações que geraram um mar de estudos científicos, o telescópio tem como uma de suas principais missões explorar o Universo. Bem como analisar exoplanetas, que estão localizados fora do Sistema Solar, o que ajudará a entender mais sobre a formação e o ciclo de vida das estrelas.

Entre as imagens espetaculares divulgadas até o momento, em outubro de 2022 os emblemáticos "Pilares da Criação" mostraram à humanidade imensas estruturas de gás e poeira repletas de estrelas em nascimento a 6,5 mil anos-luz da Terra, ainda na nossa galáxia, a Via Láctea.

Para viajar pelo universo, o telescópio James Webb teve o custo de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 48,9 bilhões, na cotação atual) e décadas de trabalho. Ele é o sucessor do Telescópio Espacial Hubble, ainda em operação, mas ao contrário de seu antecessor, que observa o universo principalmente no espectro visível, o James Webb opera no infravermelho.

Esta tecnologia permite detectar luzes muito mais fracas e, portanto, ver muito mais longe. Como este comprimento de onda é imperceptível ao olho humano, as imagens são "traduzidas" em cores visíveis.

A região capturada pela imagem divulgada nesta quarta-feira é "completamente desolada quando vista com o Hubble", explicou Klaus Pontoppidan no Twitter.

Além disso, o telescópio Webb dispõe de combustível suficiente para funcionar durante 20 anos.

"Selecionamos um conjunto ambicioso de observações para o segundo ano, com base em tudo o que aprendemos até agora", informou Jane Rigby, do Goddard Space Center da Nasa.

"A missão científica de James Webb está apenas começando", finalizou.

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