Lua: missão para chegar ao satélite natural repetida após 55 anos (Risa Krisadhi / SOPA Images/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 14 de junho de 2019 às 17h25.
Última atualização em 15 de junho de 2019 às 03h00.
São Paulo – Enviar o homem de volta à Lua não será uma missão fácil. E nem barata. De acordo a Jim Bridenstine, administrador da Nasa, em entrevista à CNN, a agência espacial americana, o custo para enviar astronautas novamente ao satélite lunar pode custar de 20 bilhões de dólares até 30 bilhões de dólares.
De acordo com Bridenstine, esse valor seria gasto durante cinco anos, período em que a operação, chamada de Programa Artemis, levaria para ser planejada e executada. Essa foi a primeira vez que a agência espacial detalhou os custos que envolvem uma missão deste tipo.
Com a intenção de enviar astronautas de volta à Lua em 2024 – inclusive, pela primeira vez, com uma mulher entre os tripulantes –, o governo americano não está poupando gastos. A Casa Branca solicitou um aumento de 1,6 bilhão no orçamento de 21 bilhões destinado à Nasa para 2020. A primeira viagem à Lua ocorreu em 1969, na missão Apollo.
Para efeito de comparação, o governo brasileiro destinou, em 2019, R$ 5,1 bilhões para todas as atividades do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Esse valor, no entanto, sofreu um corte orçamentário de R$ 2,1 bilhões, 42% do total.
O custo de até 6 bilhões de dólares por ano para a Nasa pode ser explicado na engenharia necessária para viajar ao espaço. A agência está em fase final de desenvolvimento de um novo foguete chamado de Space Launch System e da cápsula Orion. Parte da verba também será destinada para criar uma estação espacial na Lua chamada de Gateway. O local será usado para que os astronautas possam morar durante curtos períodos de tempo enquanto estiverem em suas missões em superfície lunar.