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Miguel Nicolelis recebe nova distinção nos Estados Unidos
Neurocientista é a primeira pessoa a receber no mesmo ano o Directors Pioneer Award e o Directors Transformative R01 Award
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Miguel Nicolelis durante participação no programa Roda Viva, da TV Cultura (.)
Publicado em 10 de outubro de 2010 às, 03h48.
São Paulo - O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, codiretor do Centro de Neuroengenharia da Universidade Duke, nos Estados Unidos, foi distinguido novamente pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH).
Nicolelis foi anunciado nesta quinta-feira (30) como um dos escolhidos para receber o NIH Directors Transformative R01 Award em 2010, que concederá cerca de US$ 4 milhões para aplicação no desenvolvimento de uma nova terapia para o mal de Parkinson.
Segundo o NIH, a pesquisa, que vem sendo conduzida há alguns anos, é "arrojada, criativa e de alto impacto". Há apenas dois meses, Nicolelis foi um dos contemplados do Directors Pioneer Award, outro programa de apoio a pesquisas dos NIH. O auxílio consiste em US$ 2,5 milhões para investir em estudos com interface cérebro-máquina, área em que o cientista é um dos maiores expoentes no mundo.
Nicolelis é o primeiro cientista a receber no mesmo ano o Directors Pioneer Award e o Directors Transformative R01 Award.
O novo apoio permitirá que Nicolelis continue seu trabalho inovador no desenvolvimento de um novo método de estimulação, que se constitui a primeira terapia potencial que tem como alvo a medula espinhal, e não o cérebro, podendo resultar em abordagem eficiente e menos invasiva para o tratamento de Parkinson.
O cientista pretende usar os recursos para viabilizar o desenvolvimento de próteses para melhorar as habilidades motoras debilitadas em estágios avançados da doença.
O objetivo é que os dispositivos estimulem eletricamente a medula. O grupo de Nicolelis obteve sucesso ao devolver movimentos normais em camundongos com capacidade motora interrompida poucos segundos após o dispositivo ser ligado.
"As opções de tratamento atuais para a doença de Parkinson estão frequentemente associadas com efeitos colaterais, costumam perder a eficácia com o tempo ou são invasivas e usadas como última opção. O estímulo da espinha dorsal é fácil de ser feito, significativamente menos invasivo e tem o potencial de uso generalizado em conjunto com medicamentos tipicamente usados no tratamento de Parkinson", disse Nicolelis.
O pesquisador estuda há mais de 20 anos os princípios neurofisiológicos básicos que permitem que circuitos neurais no cérebro de mamíferos produzam comportamentos sensoriais, motores e cognitivos. Tem desenvolvido abordagens experimentais e inovadoras que combinam enfoques computacionais, genéticos, eletrofisiológicos, farmacológicos e comportamentais.
O conhecimento resultante tem possibilitado a evolução da tecnologia cérebro-máquina, um campo revolucionário no qual Nicolelis é pioneiro, em uma ampla variedade de terapias clínicas.
Por meio da tecnologia cérebro-máquina, o grupo do brasileiro tem demonstrado que humanos e outros primatas podem usar efetivamente a atividade elétrica derivada de seus cérebros para controlar diretamente o movimento de dispositivos artificiais e complexos, como próteses e ferramentas computacionais.
Nicolelis graduou-se em medicina pela Universidade de São Paulo (1984), onde fez o doutorado em ciências-fisiologia geral (1989), com Bolsa da FAPESP. É também professor do Instituto Cérebro e Mente da Escola Politécnica Federal de Lausanne e fundador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS).
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