INPE explica por que não haverá fim do mundo hoje
Pesquisador Clezio Marcos De Nardin, do INPE, esclarece em artigo os mitos da previsão de que o final estaria próximo
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Segundo Nardin, a história começou quando falaram que um planeta supostamente descoberto pelos sumérios, Nibiru, estaria em rota de colisão com a Terra (Wikimedia Commons)
Publicado em 21 de dezembro de 2012, 09h06.
São Paulo - Não é somente a NASA que está preocupada em desmentir o fim do mundo. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou um comunicado em que um de seus pesquisadores explica por que o mundo não acabará em 21 de dezembro de 2012.
O artigo feito por Clezio Marcos De Nardin esclarece os mitos da previsão de que o final estaria próximo. Para isso, o pesquisador explica qual a origem da ideia que o mundo acabará na sexta-feira.
Em resposta às infundadas teorias que se popularizaram sobre o fim do mundo em 21 de dezembro de 2012, Clezio Marcos De Nardin, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), divulga artigo que esclarece a origem da previsão de que o final estaria próximo.
Segundo Nardin, a história começou quando falaram que um planeta supostamente descoberto pelos sumérios, Nibiru, estaria em rota de colisão com a Terra. Ele explica que a catástrofe foi inicialmente prevista para maio de 2003. Porém, como nada aconteceu nessa data, a previsão mudou para dezembro de 2012, que coincide com o fim do calendário maia e que também é quando o Sol atinge seu limite de atividade e pode gerar tempestades solares.
Nardin explica que o calendário maia é baseado nas periodicidades de relação entre a Terra e o Sol. O calendário Tzolkin, um dos 20 cálculos de tempo usados pelos maias, afirma que 2012 põe um fim ao que chamam de "a conta longa", um ciclo de tempo que começou em 3113 a.C.
No entanto, o cientista explica que existem outras culturas que usam o calendário lunar. “Nós mesmos das sociedades orientais ainda usamos, como no caso da Páscoa. Outro exemplo claro é o do calendário judaico ou hebraico”, explica. Além disso, existem calendários mistos, que usam o Sol e a Lua, como o calendário chinês.
O pesquisador também desmitifica a questão das tempestades solares. “Somente podemos especular que o máximo da atividade solar deve ocorrer durante a nossa primavera de 2013, com um número de manchas solares bem inferior ao máximo do ciclo anterior”, justifica.
Portanto, não há perigo de uma forte atividade solar acabar com a vida humana na Terra. A maioria das consequências danosas de uma intensa tempestade solar acontece apenas sobre equipamentos eletrônicos, como satélites, GPS, transformadores e linhas de transmissão de alta tensão.
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