Insetos surgiram há 480 milhões de anos, mostra estudo
Os primeiros insetos da Terra surgiram há 480 milhões de anos, e desenvolveram habilidade de voar 80 milhões de anos depois, de acordo com pesquisa
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Peixinho-de-prata: primeiros insetos provavelmente se pareciam com os peixinhos-de-prata, diz cientista (Christian Fischer/Wikimedia Commons)
Publicado em 7 de novembro de 2014, 09h17.
Sydney - Os primeiros insetos que habitaram a Terra se originaram há cerca de 480 milhões de anos e 80 milhões de anos depois desenvolveram sua habilidade de voar, segundo um estudo divulgado nesta sexta-feira.
Da pesquisa, publicada na revista "Science", participaram mais de cem profissionais de 16 países, incluindo cinco especialistas da Organização para a Pesquisa Industrial e Científica da Commonwealth (CSIRO, na sigla em inglês).
"Nossa pesquisa mostra que os insetos se originaram ao mesmo tempo que as primeiras plantas terrestres, há cerca de 480 milhões de anos", disse o diretor da Coleção Nacional Australiana de Insetos da CSIRO, David Yeates, em comunicado da organização.
"Os primeiros insetos provavelmente se pareciam com os atuais peixinhos-de-prata (Lepisma saccharina)", disse o cientista.
Yeates explicou que há 400 milhões de anos os ancestrais das libélulas começaram a desenvolver asas, "o que lhes deu a possibilidade de voar longas distâncias antes de qualquer outro animal".
As antigas libélulas desenvolveram asas que alcançaram uma extensão, de ponta a ponta, de cerca de 70 centímetros, além de fortes mandíbulas.
"Esta transformação, que ocorreu quando as plantas terrestres começaram a atingir altura, demonstrou a capacidade dos insetos de se adaptar rapidamente às mudanças ambientais", explicou.
A pesquisa liderada pelo cientista alemão Bernhard Misof confirma que enquanto a crise na biodiversidade desencadeou extinções maciças em outros grupos de seres vivos, como os dinossauros, os insetos sobreviveram a diversas situações se adaptando às novas.
A reconstrução da árvore genealógica dos insetos foi feita através da análise das sequências de DNA de cerca de 140 exemplares e o estudo das relações entre os principais grupos, além da comparação de dados obtidos de fósseis, entre outros.
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