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Cometa some após passar pelo sol, dizem cientistas

Jornada de 5,5 milhões de anos do Ison até centro do sistema solar acabou durante uma passagem suicida pelos arredores do sol

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Cometa Ison em uma foto de digulvação da agência espacial americana (NASA), tirada de um telescópio do centro aeroespacial Marshall (Aaron Kingery/MSFC/NASA/Divulgação via Reuters)

Cometa Ison em uma foto de digulvação da agência espacial americana (NASA), tirada de um telescópio do centro aeroespacial Marshall (Aaron Kingery/MSFC/NASA/Divulgação via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às, 19h27.

Boca Raton - A jornada de 5,5 milhões de anos de um cometa até o centro do sistema solar aparentemente terminou durante uma passagem suicida pelos arredores do sol, sem deixar traço da sua cauda outrora brilhante, nem mesmo vestígios de rocha e poeira, disseram cientistas nesta quinta-feira.

O cometa Ison foi descoberto no ano passado, quando ainda estava bem além de Júpiter, o que motivou a expectativa de que seria um objeto espetacular para ser visto a olho nu quando agraciasse o céu terráqueo, em dezembro.

Mas, às 16h37 de quinta-feira (hora de Brasília), o cometa Ison passou a apenas 1,2 milhão de quilômetro da superfície solar, sendo consumido. Os astrônomos usaram uma frota de telescópios solares para procurar o cometa depois da sua "estilingada" em torno da estrela, sem sucesso.

"Não estou vendo nada que tenha surgido detrás do disco solar. Essa pode ser o prego no caixão", disse o astrofísico Karl Battams, do Laboratório de Pesquisa Naval, em Washington, durante uma transmissão ao vivo da TV Nasa.

"É triste que tenha aparentemente terminado dessa forma, mas vamos aprender mais sobre esse cometa", acrescentou ele.

No auge da aproximação, o cometa se deslocava a mais de 350 quilômetros por segundo pela atmosfera solar. A essa distância, alcançou temperaturas de 2.760 graus Celsius, o suficiente para vaporizar não só o gelo do corpo do cometa como também a poeira e as rochas.

Se o cometa ou qualquer grande fragmento tivesse sobrevivido à passagem de raspão pelo sol, estaria visível a olho nu na Terra dentro de uma ou duas semanas.

O cometa foi descoberto no ano passado por dois astrônomos que usavam a Rede Óptica Científica Internacional (Ison). Acredita-se que os cometas sejam vestígios congelados da formação do sistema solar, há cerca de 4,5 bilhões de anos.

A família de cometas ao qual o Ison pertence reside na Nuvem de Oort, localizada cerca de 10 mil vezes mais longe do sol do que a Terra, a metade do caminho da estrela seguinte.

Ocasionalmente, um cometa da Nuvem Oort é gravitacionalmente empurrado para fora da nuvem por uma estrela que passa, iniciando uma trajetória de milhões de anos até o interior do sistema solar. Modelos informatizados mostram que o Ison estava na sua primeira visita.

"Espero ver outro em breve", disse Dean Pesnell, cientista do projeto no Observatório de Dinâmica Solar da Nasa.

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