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Ciclone bomba pode frear chegada de gafanhotos ao sul do país
Na última semana, nuvem de gafanhotos próxima à fronteira do Brasil causou preocupação aos produtores agrícolas do país
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Gafanhotos: nuvem de gafanhotos que ameaça entrar no Sul deve ser destruída pelo frio (Governo de Córdoba/Divulgação)
Publicado em 1 de julho de 2020 às, 16h11.
Última atualização em 1 de julho de 2020 às, 16h21.
Para tempos extremos, soluções dramáticas. O ciclone bomba que deixou o céu com aparência apocalítica e causou destruição no Sul pode salvar o Brasil de outro fenômeno natural de ares bíblicos.
A nuvem de gafanhotos que ameaça entrar no Sul deve ser destruída pelo frio. O meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operações e Modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), acredita que o frio vai segurar os gafanhotos.
"O frio trazido pelo ciclone deve acabar com eles. Pode gear e até nevar nas serras do Sul e isso é um obstáculo intransponível para os gafanhotos, que não sobrevivem em tão baixas temperaturas", diz Seluchi.
Neste momento, os gafanhotos estão na Argentina sob efeitos do mesmo ciclone. E devem morrer por lá, se o frio continuar, o que é certo, segundo os serviços de meteorologia.
Em parceria com o climatologista Carlos Nobre, Seluchi havia realizado na semana passada uma análise preliminar sobre a praga de gafanhotos. A nuvem é formada pela aglomeração de milhões desses insetos normalmente solitários.
Gatilhos climáticos os fazem mudar da fase solitária para a gregária, numa das transformações mais radicais e grandiosas da natureza. Este ano, o gatilho climático foi, de acordo com Seluchi e Nobre, o longo período seco em todo o centro-sul da América do Sul (Paraguai, sul do Brasil, centro-leste da Argentina e Uruguai). Abril, em especial, foi anomalamente seco.
Agora, o frio de um dos ciclones mais fortes dos últimos anos pode matar os insetos. Seluchi observa que o ciclone desta semana chama atenção pela intensidade dos ventos. Isso aconteceu, segundo ele, porque este ciclone, diferentemente da maioria desses fenômenos climáticos, se formou sobre o continente e não sobre o oceano. Isso fez com que se deslocasse pela terra com força muito maior.
No entanto, ele destaca que as rajadas de ventos com 100 km/h registradas no oeste de Santa Catarina não foram causadas pelo diretamente pelo ciclone e sim por tempestades de uma linha de instabilidade. A diferença tem importância. Os ventos do ciclone são menos velozes, ainda assim devastadores porque são sustentados. Isto é, venta forte por muito tempo e não apenas em rajadas violentas, porém, breves.
O ciclone chega a São Paulo e ao Rio de Janeiro com ventos sustentados de 30 km/h a 40 km/h e deve manter a temperatura baixa até o fim de semana.
Apesar de muito forte, o ciclone não pode ser atribuído diretamente a mudanças climáticas, explica Seluchi. Ele se enquadra às previsões das consequências de mudanças no clima. Porém, o Brasil não tem séries históricas consistentes desses fenômenos que permitam fazer uma avaliação precisa
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