Britânicos farão previsões diárias do tempo no espaço
Objetivo do projeto é saber com antecedência quando acontecerão tempestades solares
Modo escuro
Tempestade solar: serviço informará empresas e governos sobre tempestades solares que podem prejudicar o funcionamento de satélites, comunicações por rádio e redes elétricas (Divulgação/NASA)
Publicado em 27 de dezembro de 2013, 11h48.
São Paulo - O Met Office, Serviço Nacional de Meteorologia do Reino Unido, lançará um sistema com previsões diárias do tempo no espaço. O objetivo do projeto é saber com antecedência quando acontecerão tempestades solares. As informações são da BBC.
A primeira previsão acontecerá entre março e abril de 2014. O serviço funcionará 24 horas por dia para informar empresas e departamentos governamentais sobre tempestades solares que podem prejudicar o funcionamento de satélites, comunicações por rádio e redes elétricas.
O projeto custará ao Departamento de Negócios do governo britânico 4,6 milhões de libras durante os próximos três anos. A técnica de previsão do tempo espacial será desenvolvida em colaboração com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).
O fenômeno - Erupções solares são explosões na superfície da estrela. Esse tipo de fenômeno acontece por mudanças repentinas no campo magnético do Sol e emitem uma enorme quantidade de energia no espaço.
Quando a ejeção de massa coronal é muito intensa, pode viajar e alcançar a Terra. Normalmente, as partículas levam de dois a três dias para chegar ao planeta. Ao atingir o campo magnético, acontece o fenômeno conhecido como tempestade solar.
O fenômeno pode causar danos em equipamentos eletrônicos, como satélites, GPS, além de transformadores e linhas de transmissão de alta tensão, por exemplo. Mas não causa riscos imediatos para a saúde de quem está na Terra.
Ciclos do Sol – Apesar de parecer assustador, uma tempestade solar é um fenômeno normal. O Sol tem ciclos de atividade de aproximadamente 11 anos, com períodos mais intensos. O auge desse ciclo aconteceu agora, em 2013. Nesse período, conhecido como máximo solar, as emissões solares ficam mais intensas. Mas os astrofísicos se surpreenderam durante o ano com a calmaria nas erupções solares.
Casos raros – Uma tempestade solar extremamente forte pode, realmente, prejudicar componentes sensíveis de satélites e induzir sobrecargas elétricas capazes de derrubar redes de distribuição de energia na Terra. Mas casos como este são raros.
A tempestade solar mais destruidora já registrada aconteceu em setembro de 1859, que ficou conhecida como o Evento de Carrington. Na ocasião, postos de telégrafo pegaram fogo e as redes tiveram grandes interrupções em toda a Europa e América do Norte. Também foram registrados distúrbios no campo magnético da Terra.
Apesar da raridade, autoridades do Reino Unido e de outros países têm se mostrado preocupadas com uma possível tempestade solar extremamente forte. Somente nos EUA, o dano de uma tempestade nas proporções do Evento de Carrington pode ser entre 1 e 2 trilhões de dólares no primeiro ano. A recuperação completa de todos os estragos causados pode demorar de 4 a 10 anos, de acordo com um relatório de 2008 do Conselho Nacional de Pesquisa Americano.
Últimas Notícias
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.
leia mais