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Astrônomos acham o maior “útero estelar” da Via Láctea

Embrião celeste deve dar origem a uma estrela muito brilhante com uma massa que poderá atingir 100 massas solares

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A estrela embrionária no seio da nuvem se alimenta do material que cai para o interior: esse "útero estelar" é considerado o maior já encontrado na Via Láctea, com cerca de 500 vezes a massa solar. (Divulgação/ESO)

A estrela embrionária no seio da nuvem se alimenta do material que cai para o interior: esse "útero estelar" é considerado o maior já encontrado na Via Láctea, com cerca de 500 vezes a massa solar. (Divulgação/ESO)

V
Vanessa Daraya

Publicado em 10 de julho de 2013 às, 14h44.

São Paulo – Um grupo de astrônomos descobriu uma estrela gigantesca se formando no seio de uma nuvem escura. Esse “útero estelar” é considerado o maior já encontrado na Via Láctea, com cerca de 500 vezes a massa solar.

A estrela embrionária no seio da nuvem se alimenta do material que cai para o interior. Esse embrião celeste deve dar origem a uma estrela muito brilhante com uma massa que poderá atingir 100 massas solares.

As estrelas mais brilhantes e de maior massa da Via Láctea se formam no interior de nuvens escuras e frias. Mas este processo sempre foi um mistério para a ciência. Por isso, uma equipe internacional de astrônomos resolveu investigar a formação de uma dessas estrelas gigantescas com o Alma (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), do Observatório Europeu do Sul (ESO).

Existem duas teorias para a formação de estrelas de massa muito elevada. Uma sugere que a nuvem escura progenitora se fragmenta, criando vários núcleos pequenos que colapsam por si próprios, formando estrelas. A outra é mais dramática: uma nuvem inteira começa a colapsar, com o material em rápido descolamento para o centro da nuvem, o que cria na região uma ou mais estrelas de massa muito elevada.

A equipe liderada por Nicolas Peretto do CEA/AIM Paris/Saclay, França e Universidade de Cardiff, Reino Unido, concluiu que o Alma era a ferramenta perfeita para descobrir o que se está realmente a passar no interior destas nuvens. A estrela analisada (SDC 335.579-0.292) está a cerca de 11 000 anos-luz de distância, numa nuvem conhecida como Nuvem Escura de Spitzer (sigla do inglês, SDC).

Com o auxílio do Telescópio Espacial Spitzer da Nasa (Agência Espacial Americana), e o Observatório Espacial Herschel da ESA (Agência Espacial Europeia), a SDC 335.579-0.292 revelou um ambiente dramático de filamentos de gás escuros e densos. Com o Alma foi possível observar em detalhes a quantidade de poeira e o movimento do gás no interior da nuvem escura.

O núcleo tem mais de 500 vezes a massa do nosso Sol agora. Mas esse valor deve aumentar ainda mais. Todo o material, eventualmente, colapsará para formar uma estrela jovem que poderá atingir as 100 massas solares - um monstro muito raro. De todas as estrelas da Via Láctea apenas uma em cada dez milhares atinge este tipo de massa, afirmam os cientistas do projeto.

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