Após lockdown de 7 meses, França libera a abertura de cafés e restaurantes
O plano francês também inclui a flexibilização das fronteiras para o turismo
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No total, o custo da crise da covid-19 na França deverá ser astronômico, estimado em 424 bilhões de euros (R$ 2,7 trilhões), o equivalente a 20% do PIB francês no ano passado (Robert DEYRAIL/Gamma-Rapho/Getty Images)
Publicado em 9 de junho de 2021, 06h00.
Última atualização em 9 de junho de 2021, 20h21.
A França passa a permitir que cafés, restaurantes e bares tenham funcionamento normal a partir desta quarta-feira, 9. A flexibilização do lockdown, que já dura quase 7 meses (um dos mais longos do mundo), é parte de um plano que também inclui reabrir as fronteiras para o turismo internacional, eliminando a necessidade de testes de covid-19 para europeus vacinados e permitindo que turistas imunizados da maior parte do resto do mundo também voltem, mas com um teste negativo em mãos.
As regras relaxadas vão oferecer um impulso bem-vindo para o setor de turismo da França, mas os turistas de países que ainda lutam contra o surto de vírus, como o Brasil, precisarão de um motivo convincente para sua visita e aderirão a um conjunto de condições estritas.
Essa “lista vermelha” conta atualmente com 16 países, incluindo Índia e África do Sul. Fora da Europa, a maior parte do resto do mundo é classificada como “laranja” no novo livro de regras de viagens lançado sexta-feira, 4, pelo governo francês.
Até o momento, milhares de empresas, além de setores culturais, só conseguiram sobreviver devido à política do "custe o que custar", do presidente francês, Emmanuel Macron, que para manter o distanciamento social e tentar garantir, ao mesmo tempo, renda aos franceses liberou incentivos que vão desde o pagamento de salários (84% do montante líquido) e de parte de outros custos fixos, exoneração de encargos, além de um "fundo de solidariedade" para todas as empresas que registraram perdas de receita com o lockdown.
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É possível escolher entre 10 mil euros por mês (cerca de R$ 64,3 mil) ou 20% do faturamento, dentro de um limite. Tal política social já custou ao governo francês 168 bilhões de euros (mais de R$ 1 trilhão) apenas em 2020. No final, o rombo deve ser ainda maior nas contas públicas, pois o recolhimento de impostos também está suspenso.
Na terça-feira, 8, a França registrou cerca de 64 mortes e 1.164 novos casos, São os menores números desde março, quando atingiu o pico da segunda onda com quase 300 mortos por dia.
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