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A crescente indústria de produção de filmes e TV do México é apoiada por forças semelhantes que levam mais fábricas a se mudarem para o país, disse a prefeita da capital na terça-feira.

Custos mais baixos e proximidade com os EUA ajudaram a tornar a Cidade do México o principal destino da América Latina para a produção audiovisual. A comissão de filmes da cidade registrou aumento de 23% nas filmagens em 2022 em relação ao ano anterior, disseram autoridades a repórteres em evento na Cidade do México. Os investimentos - principalmente salários - subiram de US$ 564 milhões para US$ 656 milhões, segundo a comissão.

A expansão tem paralelos com o chamado “nearshoring”, termo que se refere a fábricas que se mudam para o México para ficarem mais próximas do mercado americano, acrescentou a prefeita Claudia Sheinbaum. A ocupação do parque industrial atingiu recorde no ano passado, quando empresas globais realocaram suas cadeias de suprimentos para a segunda maior economia da América Latina.

“Esse processo do qual tanto se fala, o ‘nearshoring’, já é realidade na Cidade do México, principalmente na indústria criativa”, disse Sheinbaum, segundo a qual a comissão de cinema da cidade agora concede licenças em 24 horas.

O México se tornou a principal escolha de cineastas americanos, já que outros centros de produção perdem apelo devido aos altos custos, disse Avelino Rodríguez, sócio-gerente da The Lift, uma das principais produtoras do país. A The Lift filmou cinco dos comerciais exibidos durante o Super Bowl deste ano.

‘Oportunidade única em uma geração’

Rodriguez faz parte de uma geração mais jovem de cineastas que seguiu o sucesso de diretores vencedores do Oscar Guillermo del Toro, Afonso Cuarón e Alejandro González Iñarritu. Embora esses diretores tenham feito sucesso fora do México, o país teve de superar obstáculos para tornar sua própria indústria cinematográfica viável depois que a produção entrou em colapso, marcada pelas crises econômicas dos anos 80 e 90, na esteira de uma era de ouro na década de 1950.

Nos anos seguintes, Rodríguez disse que sua geração enfrentou sucessivos desafios. Primeiro, o vírus H1N1 paralisou a capital em 2009. Depois, a repressão do presidente Felipe Calderón contra os cartéis de drogas assustou equipes estrangeiras. Isso foi seguido pelo terremoto de 2017.

Rodríguez disse que o México se recuperou cada vez com mais força e que a pandemia atuou como um “catalisador” para ajudar a ressuscitar a indústria, já que o México permaneceu aberto a estrangeiros.

“Tudo está empurrando a agenda para tornar o México ainda mais competitivo agora”, afirmou. “Esta é uma oportunidade única em uma geração para a indústria.”

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