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Forever 21 liquida todas as peças a 50% até domingo e encerra operação no Brasil

A marca jovem causou frisson quando chegou no país, mas impostos altos, custos de importação e problemas de infraestrutura elevaram o preço final das roupas e inviabilizaram o negócio

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Loja da Forever 21 nos Estados Unidos: liquidação pela metade do preço em cinco lojas do Brasil (Jeenah Moon/Bloomberg)

Loja da Forever 21 nos Estados Unidos: liquidação pela metade do preço em cinco lojas do Brasil (Jeenah Moon/Bloomberg)

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Da redação, com Agência Globo

Publicado em 18 de junho de 2022, 09h16.

A rede de roupas californiana Forever 21 está saindo do Brasil. Até domingo, a empresa que virou símbolo do sucesso e da decadência do fast fashion fechará todas as suas 15 lojas no país, após oito anos de atuação por aqui. E fará uma queima de estoque na despedida.

A marca anunciou em sua conta no Instagram que está vendendo tudo a 50% do preço. A promoção vale para as lojas Bourbon, Guarulhos, Outlet Catarina, Catuai e Recife. Nos posts aparecem modelos vestindo camisetas, blusas cropped, jeans de cintura baixa, moletons, suéters. Os produtos não podem ser trocados. Não está claro se a empresa vai manter vendas on-line no Brasil.

Por que a marca decidiu deixar o Brasil?

A Forever 21 é uma marca jovem com pegada descolada que causou frisson quando chegou ao país. No entanto, diferentemente do sucesso que experimentou em outros países com peças baratas em dólar e euro, por aqui, seus produtos não são vistos como tão baixos.

Impostos altos, custos de importação e infraestrutura acabam elevando o preço final das roupas, situação que foi agravada com a pandemia.

Como a Forever 21 foi do auge à quebra

Transformação da indústria da moda: o brechó é o novo fast fashion

Lá fora o fast-fashion tem alta rotatividade. No Brasil, não funcionou. Nunca conseguiram ter ganho de escala. Com a pressão do segmento em que os custos aumentaram e as vendas não são suficientes, o que estava no limite passou a dar um prejuízo maior - diz Eduardo Yamashita, diretor de operações da consultoria de consumo e varejo Gouvêa Ecosystem.

Além disso a empresa enfrenta uma derrocada global, com a concorrência de asiáticas on-line como Shopee e Shein. Em 2019, a companhia entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos. No ano passado, fechou suas 44 unidades no Canadá.

No Brasil, a rede chegou a enfrentar ações de despejo por atraso no pagamento do aluguel de lojas de shoppings. Os casos foram parar na Justiça e a marca de fast-fashion foi processada por RioSul, Shopping Tijuca e Plaza Shopping Niterói, no Grande Rio.

Com a rede Multiplan, a varejista fechou um acordo no início do ano passado, mas teve que fechar 11 de suas unidades nos shoppings do grupo. Procuradas, as administradoras dos shopping não se manifestaram.

Não está claro se a empresa vai manter vendas on-line no Brasil.

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