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Remy Sharp
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Nessa coluna vamos concluir (mas não esgotar) o tema SUPER ESTILO IPA. Para quem não se recorda além de um contexto histórico apresentei um pouco de 15 dos seus “SUB-ESTILOS”. Se você ainda não leu, vale a pena acessar aqui e aqui para conhecer todo o conteúdo.

Quando chegou nas Américas (primeiramente nos EUA) a IPA mudou um pouco. Principalmente devido a vontade e necessidade de utilização de ingredientes locais. E isso se refletiu principalmente no perfil do lúpulo ali presente – passou de terroso (lembrando chá) para cítrico.

Nesse cenário uma cerveja produzida em São Francisco pela Anchor Brewing Company se tornou icônica. A Liberty Ale pode não ser a primeira IPA americana (posto reservado a New Albion Ale de 1970) mas a primeira cerveja a utilizar o lúpulo Cascade, que se tornou um ingrediente icônico na produção de cervejas americanas, em especial as IPAs. A cerveja se tornou então um símbolo da cervejaria artesanal americana e ajudou a cena a ganhar popularidade em todo o mundo.

Na outra costa dos EUA uma outra revolução nas IPAs aconteceu. Na década de 2010, um novo estilo de IPA surgiu na região de Vermont, conhecido como New England IPA (NEIPA) ou IPA de Vermont. Essas cervejas são conhecidas por seu sabor frutado intenso e textura aveludada, que são obtidos por meio do uso de leveduras especiais, cereais não maltados e uma grande quantidade de lúpulos adicionados em etapas que não causam aumento de amargor, apenas de sabor e aroma.

De um estilo focado no amargor e com aroma e sabores mais contidos, para cervejas que mais parecem sucos de lúpulos mega frutados é uma transformação e tanto. Mas mesmo assim não representam o final da evolução das IPAs. Como os últimos 5 SUB-ESTILOS a seguir vão mostrar, quase não existem limites para as variações de IPAs! Aproveitem.

Coffee IPA

Essas cervejas combinam o sabor intenso dos grãos de café com o amargor e o aroma dos lúpulos utilizados nas IPAs. Essa combinação cria uma cerveja complexa e única, que mistura a doçura e aromas frutados do café de torra baixa com o amargor e as notas cítricas dos lúpulos. O resultado é uma cerveja que pode apresentar sabor rico e complexo, com notas de café torrado, chocolate amargo, frutas cítricas e lúpulos.

Belgian IPA

Esse estilo combina as características da IPA americana com a tradição belga de fabricação de cerveja. Mas foi desenvolvida no final dos anos 1990 nos EUA mesmo. Sensorialmente apresentam um perfil de sabor complexo, com notas frutadas e florais da levedura belga, além do amargor e aroma cítrico dos lúpulos americanos. O resultado tem corpo médio a alto, com um final seco e um alto teor alcoólico, que pode variar de 6% a 9% ABV. Algumas versões de teor de álcool mais baixo - com trigo e aveia na base, uso de semente de coentro - são derivadas das cervejas de trigo belga (as Witbiers) – e por isso são conhecidas como White IPAs

Fruited IPA

Como a própria tradução do nome remete, Fruited IPA é um estilo de cerveja que combina o amargor e o aroma dos lúpulos com a adição de frutas. Uma variedade de frutas são comumente utilizadas, como maracujá, manga, e pêssego. Normalmente a escolha da fruta complementa as características do lúpulo - por similaridade ou por contraste - criando uma bebida refrescante, equilibrada e saborosa.

Cold IPA

O nome "Cold IPA" vem do processo de fermentação utilizado para produzir a cerveja, que é fermentada com leveduras de alta fermentação em temperaturas mais frias, semelhante ao processo utilizado para cervejas Lager. Esse processo resulta em uma cerveja mais limpa, com menos aromas de fermentação e um perfil de sabor mais seco. É sensorialmente bastante similar (e para o cervejeiro aqui bastante mesmo, para não dizer idêntico) ao estilo IPL (India Pale Lager) que usa leveduras de baixa fermentação em bases de IPA. Geralmente apresentam um teor alcoólico mais alto que as IPAs tradicionais e possuem uma cor mais clara, com aroma e sabor intensos de lúpulos.

Sour IPA

As Sour IPAs combinam o sabor ácido e refrescante das sour com o sabor e o aroma dos lúpulos utilizados nas IPAs. O amargor é mais baixo para não brigar com o azedo (ácido). Podem ser produzidas através da adição de bactérias láticas ou pela fermentação mista de leveduras e bactérias. As cervejas desse estilo são mais alcoólicas que as sours tradicionais.

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