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Remy Sharp
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Um drinque para despertar. Diz a lenda, esse foi o pedido que o bartender britânico Dick Bradsell recebeu de uma modelo nos anos 1980. Foi a deixa para Bradsell, já conhecido por sua abordagem inovadora com os coquetéis, combinar vodca, xarope de açúcar, licor de café e espresso. Ficção ou realidade, assim surgiu o Espresso Martini, que, apesar do nome, não leva uma gota desta última bebida.

O nome Martini, segundo algumas referências como o Difford’s Guide e relatos do criador, está associado mais com a taça utilizada do que com as receitas clássicas dos Martinis que têm o gim como base”, diz André Bueno, diretor da escola de coquetelaria Barones Bartenders e head trainer dos projetos de capacitação da Diageo Bar Academy e Learning For Life da Diageo no Brasil. Ele explica que, nos anos 1980, a vodca já vivia seu grande boom nos Estados Unidos, o que esclarece sua presença no drinque cafeinado.

André Bueno, diretor da escola de coquetelaria Barones Bartenders e head trainer dos projetos de capacitação da Diageo: bons coquetéis são feitos com bons ingredientes e técnica

O coquetel foi destaque na segunda edição do São Paulo Coffee Festival, que aconteceu em junho deste ano no pavilhão da Bienal, na capital paulista, e reuniu mais de 13.000 pessoas.

No espaço Smirnoff Cocktail Masterclass os participantes aprenderam a preparar a bebida com a barista Christine Dorea, da Orfeu Cafés Especiais, e o bartender Diego Tamashiro, além do próprio Bueno. Ele atribui o ressurgimento do drinque, que mistura doce e amargo, ao fascínio cada vez maior pelo mundo dos cafés especiais.

“Em épocas ligadas ao universo do café, vemos coquetéis como o Espresso Martini, o Irish Coffe, Carajillo e até o Espresso Tônica ganharem mais força. Não diria que o Espresso Martini está voltando, mas, que sempre esteve por aí e que a curiosidade por coquetelaria e a popularidade dos cafés especiais fazem com que o público passe a ter mais contato com a receita.”

Um Espresso Martini bem-feito deve estar na temperatura certa, ter potência alcoólica e vir com a espuma cremosa. A receita apresentada na masterclass era feita de vodca, café e xarope de açúcar. Bons coquetéis são feitos com bons ingredientes e técnica, e, no Espresso Martini, o café tem um papel imprescindível.

“É a alma do coquetel”, afirma Christine Dorea. “Pode ser feito com diferentes tipos de torra e atingir diversas nuances e complexidades de sabores. A torra média clara, como a do Orfeu Bourbon Amarelo, proporciona tons cítricos e mais acidez à bebida; já a torra média trará equilíbrio entre acidez e doçura, com tons caramelados e de castanhas; na torra escura, como a do Orfeu Intenso, os sabores serão mais profundos, curtidos e com bastante doçura”, complementa a barista.

Christine Dorea, da Orfeu Cafés Especiais, na Smirnoff Cocktail Masterclass

Para obter a dose perfeita, é possível utilizar diferentes métodos de preparo. A sugestão de Christine é o espresso, mas pode-se usar a prensa francesa, clever ou aeropress, métodos de infusão e pressão que trazem bastante corpo para a bebida. Com a dose perfeita, é só escolher a hora para apreciar o drinque. “Eu adoro o Espresso Martini como um coquetel pós-refeições. Imagine que você acabou de ter um belo jantar em um bom restaurante e vai curtir a noite em algum bar mais agitado. Para mim é aí que ‘mora’ o Espresso Martini”, finaliza André.

Receita para o Espresso Martini

50 ml de café
• 50 ml de vodca
25 ml de xarope simples
• 7 pedras de gelo

Como preparar: o xarope simples é uma mistura de açúcar e água nas mesmas proporções (por exemplo, 100 ml de água para 100 gramas de açúcar), aquecida em um recipiente e levada ao fogo até que o açúcar derreta e homogenize com a água e atinja o ponto de xarope — bem parecido com o ponto de calda. Em uma taça Martini você colocará gelo para deixá-la bem gelada para receber a bebida (pode ser gelada no freezer caso prefira). Em seguida adicione o gelo e todos os outros ingredientes dentro da coqueteleira, feche e certifique-se de que esteja vedada. Misture com vigor ou até que a coqueteleira fique bem gelada a ponto de gelar sua mão. Após a bebida misturada, retire o gelo da taça e faça uma dupla coagem com o strainer e um coador (ou apenas coador, caso tenha o strainer). Se o creme que foi formado ficar fundo, deixe umas pedrinhas de gelo, misture de novo e vire tudo no coador sobre a taça. Use três grãos de café para decorar.

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