
Pedestres na Av Brigadeiro Faria Lima em São Paulo: pagamento médio por horas trabalhadas no Brasil de profissionais brancos com ensino superior era de R$ 32,80. Entre pretos e pardos, o pagamento médio era de R$ 22,70 (Leandro Fonseca/Exame)
Uma pesquisa realizada pela Catho, site de recrutamento para vagas, confirma o que dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já mostram: no Brasil, negros ganham menos que brancos, independentemente da escolaridade.
A pesquisa, realizada com 10 mil profissionais, mostra que profissionais negros recebem menos mesmo com doutorado (-15%), mestrado (-23%) e MBA (-23%) e em todos os outros graus.
- Doutorado: – 15%
- Mestrado: – 23%
- Pós-Graduação/MBA: – 23%
- Formação superior: – 17%
- Ensino Médio: – 5%
- Ensino Fundamental: – 5%
Quando a hierarquia dentro da empresa é analisada, os dados mostram que os trabalhadores também recebem menos que os brancos.
Em cargos de diretoria, eles ganham, em média, 30% a menos e a desigualdade segue em todos outros níveis de atuação. Já supervisores ganham 22% a menos.
A diferença vai diminuindo conforme a hierarquia cai, mas ainda se mantém. Assistentes recebem 4% a menos, e o operacional 5%.
O pagamento médio por horas trabalhadas no Brasil de profissionais brancos com ensino superior era de R$ 32,80. Entre pretos e pardos, o pagamento médio era de R$ 22,70.
Além de ganharem menos, mesmo com mais educação, as posições de gerência estão em sua maioria nas mãos de brancos. Eles têm 68,6%.
Neste 20 de novembro, foi comemorado o Dia da Consciência Negra, data em que o tamanho da desigualdade racial no Brasil costuma vir à tona.