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Com potencial de gerar 7,1 mi de empregos no Brasil, ESG já é opção nº 1 para transição de carreira

Direito, engenharia, psicologia, administração e jornalismo são apenas algumas das áreas de atuação dos profissionais já contratados para compor as novas equipes; confira como concorrer às vagas.

(monkeybusinessimages/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 10h00.

Environment, Social e Governance. Estas três expressões em inglês, diferente de tantas outras que o mundo corporativo anexou ao seu vocabulário ao longo dos anos, não são um mero capricho. Juntas, elas formam uma sigla que tem mudado completamente a forma como as empresas estruturam seus negócios, lidam com seus clientes e vendem seus produtos: o E-S-G.

Em português “ambiental, social e de governança”, a sigla diz respeito às práticas de impacto positivo e responsabilidade que uma empresa deve ter em sua organização. Ou seja, como ela gere os seus resíduos, trata os seus funcionários, impacta a comunidade na qual está inserida etc.

Nos últimos anos, no entanto, o ESG estourou a bolha da sustentabilidade - que era composta majoritariamente por ONGs, empresas do setor ambiental e ativistas - e levou a responsabilidade social e ambiental para todas as empresas do mundo. Hoje, com a demanda crescente de clientes e investidores, não é mais possível ter lucro sem ter responsabilidade. É por isso que empresas como Natura, Ambev, TIM, Nestlé, Banco do Brasil, Petrobrás investem bilhões de reais em ações de sustentabilidade todos os anos.

Impulsionada também pelo ‘boom’ desta nova economia verde, que levou a todos os setores da economia a urgência da preservação ambiental, a área de sustentabilidade vem abrindo portas para profissionais de todas as áreas de atuação que buscam mais propósito e valorização profissional em uma nova carreira.

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As oportunidades de carreira dentro da sustentabilidade

Para a América Latina, a expectativa é de que sejam criadas 15 milhões de novas vagas na Economia Verde até 2030, e o Brasil será responsável por mais da metade delas. Estamos falando de 7,1 mi de novos empregos.

É claro que, dentre todas essas oportunidades, muitas acabam sendo destinadas a profissionais especializados e técnicos, como engenheiros ambientais, geógrafos e agrônomos. Afinal, alguns campos são mais complexos e não podem ser aprendidos em um curso rápido.

Mas mais do que especialistas, neste primeiro momento as empresas estão buscando profissionais que tenham um olhar 360º para os critérios ESG e consigam criar um plano de ação para torná-las ambiental e socialmente responsáveis. Ou seja, que não necessariamente tenham anos de experiência técnica no assunto, mas que sejam profissionais estratégicos.

E entre as peças mais buscadas para compor os times de sustentabilidade, uma se destaca por fazer toda essa engrenagem girar: o Gestor de Sustentabilidade e ESG.

O que faz um Gestor de Sustentabilidade e ESG?

Apesar de ser essencial para o desenvolvimento - e até mesmo sobrevivência - de uma empresa, uma pesquisa realizada pelo LinkedIn mostrou que menos de 1% dos perfis analisados na plataforma tinham as habilidades necessárias para atuar nessa área.

É por isso que a busca por um líder estratégico responsável por definir as diretrizes ESG de uma empresa, implantá-las na prática e garantir que estejam sendo cumpridas em todos os processos da organização se tornou prioridade para as companhias.

Por não exigir formação profissional técnica na área ambiental, há profissionais de diversas formações se especializando em ESG hoje e ganhando espaço no mercado. Engenheiros, arquitetos, advogados, jornalistas, biólogos e administradores são alguns dos exemplos. Isso porque as atividades de rotina de um Gerente ESG envolvem muito mais: conversar com clientes e investidores, entender detalhes do business, conversar com diretores e executivos para traçar planos de ação e procurar parcerias para o desenvolvimento sustentável.

Em termos de remuneração,segundo o Guia Salarial 2023 da Robert Half, a remuneração de quem trabalha com ESG varia entre R$6 mil (para cargos de entrada) e R$35 mil (para cargos mais estratégicos).

Além da senioridade e do porte da empresa, a remuneração também irá variar conforme o nível de experiência e afinidade do profissional com o tema.

A melhor janela de oportunidade da história está aberta agora mesmo

Se não bastasse os benefícios da carreira já citados (boas remunerações, propósito no trabalho e a possibilidade de uma transição de carreira), outros aspectos fazem da carreira em sustentabilidade uma preferida.

Em 2021, por exemplo, a consultoria PwC -uma das maiores multinacionais de consultoria e auditoria do mundo -anunciou um plano de US$12 bilhões para criar 100.000 novos empregos líquidos em ESG até 2026, um aumento de 36% sobre a base de funcionários da empresa, até então de 284.000 funcionários.

“É um bom momento para ser um profissional ESG. Um tempo muito, muito bom.” comenta Joel Makower,empresário, escritor e estrategista americano com mais de 30 anos de experiência em negócios sustentáveis, tecnologia limpa e marketing verde.

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Em um recente artigo onde aborda a discussão da guerra por talentos ESG, Joel ainda completa: “A demanda por analistas, estrategistas e outros conhecedores de questões ambientais, sociais e de governança nunca foi tão alta — muito mais do que a oferta atual de humanos qualificados.”.

Como se especializar em ESG e sustentabilidade?

Cursos livres, mentorias e especializações são a melhor forma de dar os primeiros passos rumo a uma carreira em sustentabilidade. Apesar de não ser obrigatório para exercer a profissão, a maioria dos profissionais empregados possui pelo menos uma especialização na área descrita em seu currículo.

Com o objetivo de ajudar a posicionar os brasileiros de forma competitiva neste cenário, a EXAME se juntou ao Ibmec, uma das mais tradicionais escolas de negócios do país, para o desenvolvimento do MBA em ESG Environmental, Social & Governance — cujo objetivo é preparar profissionais para liderar as áreas de sustentabilidade e governança corporativa no Brasil.

Reconhecido pelo MEC, o curso em nível de pós-graduação é composto de 360 horas de aulas teóricas e práticas com profissionais de mercado e mais de 90 horas de atividades extras.

Neste mês, para que os interessados possam conhecer o conteúdo do curso sem compromisso, as quatro primeiras aulas da formação serão disponibilizadas virtual e gratuitamente a partir desta segunda-feira, 6 de fevereiro (saiba mais aqui).

Assista às primeiras aula do MBA em ESG de forma gratuita

Apresentado por Renata Faber, diretora de ESG da EXAME que já acumula anos de experiência no setor, o treinamento aborda desde os conceitos básicos a respeito da economia verde (e todo o contexto que permitiu que o Brasil se tornasse uma referência no setor) até as oportunidades de emprego existentes na área e dicas para se destacar neste mercado, aliando propósito a boas remunerações.

Após assistirem aos quatro vídeos, todos os participantes receberão um certificado de participação para incluir no currículo.

Inscreva-se aqui para acompanhar a série Carreira na Economia Verde gratuitamente

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