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As lições de Rafael Nadal para a esfera do trabalho

Um professor espanhol de gestão, fanático por tênis, foi estudar como as atitudes do supercampeão podem ser levadas das quadras para o trabalho

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4. Rafael Nadal (Getty Images)

4. Rafael Nadal (Getty Images)

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Elisa Tozzi

Publicado em 24 de julho de 2014 às, 13h08.

São Paulo - O tenista espanhol Rafael Nadal, atual número 1 do mundo e uma das estrelas do torneio de Wimbledon, que começa em junho, ensina lições de carreira. Essa é a tese de Santiago Alvarez de Mon, professor de gestão da escola de negócios Iese, na Espanha, e autor de uma dissertação que relaciona os desafios do esportista aos negócios.

Santiago entrevistou Nadal para descobrir os segredos que fazem os atletas de elite estar próximos ao topo e que podem ser aplicados a qualquer trabalho.

Lidar com a pressão

Um esportista pode ter talento e treino intenso. Mas numa competição ele vai lidar com a pressão: do adversário, dos torcedores, do treinador, da imprensa e dele mesmo.

“Como um atleta, o executivo precisa fazer um trabalho de fortalecimento mental para determinadas situações, como a negociação de um contrato”, diz Santiago. Para isso, os atletas costumam se concentrar no momento. Nadal treina a ponto de fazer movimentos instintivamente, para nem precisar pensar no que fazer durante a partida.

Ampliar os objetivos

Quando alcançam um objetivo, os atletas logo pensam em uma nova meta. Eles sentem vontade de enfrentar desafios talvez por saber que terão de parar de atuar ainda jovens. Quando não confundem essa ânsia com ganância, atletas de elite criam uma arma poderosa: a vontade de se superar. “É preciso apreciar o sucesso e não ficar estagnado. Ter um desejo saudável de superação faz muita diferença para o crescimento dos profissionais e das empresas”, diz Santiago.

Treinar com disciplina

Os esportistas que se destacam têm, sem dúvida, talento natural. Mas os que se mantêm no topo alcançam o sucesso porque reconhecem que talento não basta. É preciso treinar muito.

O atleta sabe que seus adversários mais difíceis são igualmente talentosos e também buscam aperfeiçoamento. Daí vem a dedicação ininterrupta. “Os esportistas de primeiro nível unem talento a uma disciplina ferrenha”, diz Santiago.

“Se não praticam, o talento é desperdiçado.” De nada adianta ter talento sem potencializá-lo com estudo e prática constante.

Ter o apoio de um líder atento

O talento de Nadal foi descoberto por seu tio e treinador, Toni Nadal. Quando o atleta tinha somente 3 anos, Toni observou que o menino tinha um jeito natural de segurar a raquete e fazia movimentos semelhantes aos de um profissional. Ao identificar essa tendência, o tio estimulou o sobrinho a aprender o esporte.

Nadal começou a competir aos 15 anos. “O profissional nem sempre reconhece o próprio talento e precisa de um líder que aponte suas qualidades.” Os chefes que se destacam são aqueles que ajudam os subordinados a detectar as atividades em que são mais habilidosos.

Enfrentar a ameaça do fracasso

A dúvida sobre a derrota ou a vitória sempre acompanha um esportista — ele nunca tem certeza de como vai terminar um jogo, qualquer que seja. Campeões, por mais focados que estejam em conquistar um campeonato, têm consciência de que a vitória não pode se tornar uma obsessão. Caso contrário, ficam cegos pelo sucesso e correm o risco de se tornar ambiciosos demais.

“Profissionais maduros enxergam nas derrotas mais uma possibilidade de aprendizado”, diz Santiago. Grandes esportistas respeitam seus adversários e perdem com elegância. Tal situação pode ser verificada nos encontros de Nadal com o suíço Roger Federer.

Adversários há dez anos, os dois já tiveram embates épicos, que sempre terminaram com um aperto de mão e um parabéns sincero do perdedor para o vitorioso.

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