Além do ministro, 75% dos brasileiros contam mentiras no currículo
Do inglês "fluente" ao curso de pós-doutorado não concluído, mentir no currículo é uma prática comum -- e arriscada
(Marcos Oliveira/Agência Senado)
29 de junho de 2020, 17h03
Mentiras têm mesmo perna curta: pouco após sua nomeação como ministro da Educação, duas instituições onde Carlos Alberto Decotelli disse ter concluído seu doutorado e pós-doutorado questionaram as informações do seu currículo.
Segundo a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, Decotelli esteve na universidade para uma pesquisa de três meses em 2016. Enquanto a Universidade de Rosário, na Argentina, afirmou que ele não teve sua tese de doutorado aprovada.
As revelações chocam, mas não são raridade para quem trabalha com recrutamento. Na verdade, 75% dos currículos enviados às empresas em 2018 no Brasil continham informações falsas, segundo levantamento da DNA Outplacement com base em 6 mil documentos.
Não é todo brasileiro que mente e nem sempre é sobre seu diploma. No entanto, a pesquisa descobriu que até 12% aumentam o grau de escolaridade e 10% adicionam cursos falsos ao documento.
A prática mais comum é inflar o salário anterior ou atual (48%). Depois, mentir sobre o domínio de inglês acontece em 41% dos CVs.
E as falsidades não são reservadas para quem está entrando no mercado de trabalho e quer enfeitar o documento para torná-lo mais atrativo. Até mesmo CEOs já foram pegos: Ronald Zerrella, ex-CEO da Bausch & Lomb, adicionou no CV um MBA pela New York University que nunca terminou, e Jeffrey Papows, presidente da Lotus, uma empresa de software que não mais existe, mentiu sobre seu cargo na marinha americana.
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