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O que esperar da inteligência artificial generativa em 2024?

Spoiler: estamos apenas no começo da jornada

Confira o artigo de Daniel Grossi, cofundador da Liga Ventures, rede inteiramente dedicada à inovação aberta (Laurence Dutton/Getty Images)

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Publicado em 18 de março de 2024 às 16h22.

Última atualização em 18 de março de 2024 às 16h24.

*Por Daniel Grossi

Em 2024, a busca por produtividade será imperativa. De acordo com relatório produzido pela McKinsey, o custo alto do capital e da força de trabalho, a falta de perspectivas claras sobre crescimento do mercado e a competição por talentos faz com que os líderes tenham que investir no aumento da produtividade – o que inclui mudar a forma de gestão e de trabalho, investir em talentos e em tecnologia e inovação, para que cada pessoa e unidade produtiva possa ser mais eficiente.

Esse movimento está muito alinhado com a tecnologia que foi a grande tendência de 2023 e deverá se consolidar esse ano: a IA generativa, que aparece como um grande motor de aumento de eficiência. Seu uso pode ampliar em até 40% a produtividade de trabalhadores se comparado àqueles que não a utilizam.

O boom da IA generativa

Inteligência artificial e big data estão longe de serem pautas novas e já estão entre as principais prioridades dos times de tecnologia há anos. Posso afirmar que 10 entre 10 empresas com que trabalhei trazem esses temas para as nossas discussões e projetos. Porém, esse ano a IA generativa teve o seu momento “gradually and then suddenly” (em tradução livre “gradualmente, e então de repente”). 

Há alguns anos, empresas como Google e OpenAI vêm desenvolvendo modelos de inteligência artificial generativa. Mas em 2022, quando a criadora do Chat GPT começou a abrir seus experimentos, é que começamos a ver a explosão e popularização dessas tecnologias. Estima-se que a ferramenta tenha atingido 100 milhões de usuários ativos em janeiro de 2023 - apenas 2 meses depois do seu lançamento. É um crescimento recorde, mais rápido que plataformas de redes sociais como Instagram, TikTok, Facebook e X.

Isso é só o começo

Globalmente, soluções de IA generativa haviam captado mais de US$ 17,4 bilhões entre janeiro e setembro de 2023, de acordo com o CB Insights, o que equivale a 1,6 vezes todo o investimento em startups relacionadas à essa tecnologia entre 2019 e 2022. Temos acompanhado um movimento intenso de líderes de diferentes organizações – sejam startups ou grandes empresas – analisando como empregar a tecnologia para diferentes temas, como: ganho de eficiência, execução de trabalhos criativos, desenvolvimento de código, melhoria da experiência do cliente e até combate à fraude. 

Um outro relatório da McKinsey aponta que, no curto prazo, as áreas de TI, marketing e vendas, atendimento ao cliente e desenvolvimento de produtos serão as que trarão mais aplicações da tecnologia.

Dito isso, está evidente que ainda estamos no começo da jornada da inteligência artificial generativa. Além da evolução da tecnologia em si, passaremos por importantes discussões relacionadas à segurança e confiabilidade das informações e sobre questões éticas e regulatórias. Há ainda uma curva de aprendizado a ser percorrida pelas pessoas e organizações sobre suas aplicações e limitações. Mas o começo dessa trajetória é muito promissor e 2024 sem dúvida será um ano em que veremos mais casos práticos explorando o potencial transformador dessa tecnologia.

*Daniel Grossi é cofundador e Chief Venture Officer da Liga Ventures, rede de inovação aberta que conecta startups e grandes empresas para geração de negócios

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