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Empresas surfam na onda no ChatGPT para gerir suas despesas corporativas

A popularidade do chatbot trouxe à tona a discussão sobre o papel da inteligência artificial e o quanto ela, de fato, é benéfica para os negócios

41% das empresas já implementaram inteligência artificial em suas estratégias (Yuichiro Chino/Getty Images)
Bússola

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Publicado em 16 de março de 2023 às 18h45.

Nos últimos meses temos visto uma série de discussões e questionamentos em torno do novo recurso que foi lançado no fim do ano passado pelo laboratório de pesquisa OpenIA. Nomeada como ChatGPT, essa ferramenta tem como objetivo fornecer respostas originais sobre os mais variados assuntos.

A ascensão da popularidade do ChatGPT trouxe à tona a discussão sobre a aplicação dessa solução, o papel da inteligência artificial e o quanto ela, de fato, é benéfica para os negócios e para todos aqueles que a manuseiam. O fato é que quando se trata do ambiente corporativo, a IA tem funções bem importantes e na maioria das vezes cruciais para o sucesso dos negócios.

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De acordo com o estudo “Global AI Adoption Index 2022”, elaborado pela IBM, 41% das empresas brasileiras implementaram efetivamente a inteligência artificial. Esse ranking elencou também o que motivou essas companhias a implementar essa tecnologia. Para 56% dos entrevistados isso aconteceu porque eles tiveram um acesso maior à IA. Para 48% deles, o que ocasionou esse crescimento foi o uso da aplicação em aplicativos de negócios padrão. E, para 39% foi a redução de custos e a automatização de processos.

Com relação ao uso dessa solução, destaca-se no relatório a questão da detecção de segurança e ameaças (44%); conversação (44%); marketing e vendas (30%); e operações de TI (30%). Apesar de não ter ganhado destaque especial na pesquisa, o setor financeiro — desde o administrativo até a tesouraria — tem sido um dos grandes beneficiados pela IA.

Trazendo para o setor financeiro das corporações, existem empresas brasileiras que fornecem soluções inovadoras para aumentar a eficiência e a segurança da gestão de despesas corporativas. Entre as soluções mais modernas, uma, em particular, utiliza a IA para identificar irregularidades nas prestações de contas através do reconhecimento automático da presença de itens proibidos pela política da empresa, como doces e bebidas alcóolicas, nas notinhas de compra, além de detectar casos de duplicidade de comprovantes. Ou seja, a tecnologia consegue detectar quando dois colaboradores usam o mesmo comprovante para solicitar reembolso, ou mesmo quando um único colaborador tenta utilizar o mesmo comprovante de gastos para prestar contas em momentos diferentes.

Não é à toa que, diante dessas vantagens, a IA tem sido cada vez mais utilizada no combate às fraudes no ambiente corporativo. Segundo estudo da Juniper Research, os custos globais com soluções que previnem e detectam as fraudes financeiras habilitadas por IA vão exceder US$ 10 bilhões em 2027. Ela será aplicada para monitorar as transações e reconhecer padrões de movimentações fraudulentas, diminuindo os riscos e bloqueando as ações dos criminosos virtuais em menor tempo.

Com a aplicação da IA na gestão de despesas corporativas, os gastos irregulares em relação aos limites estabelecidos pela política de despesas ficam mais visíveis aos olhos de quem está conferindo, chegando a gerar um impacto de 98% de redução de fraudes e erros no processo. O que pode significar, dependendo do tamanho da empresa, uma economia financeira média de R$ 2.000 a R$ 300.000 mensais.

Além disso, essas novas tecnologias financeiras também facilitam para o gestor realizar qualquer ajuste de conduta. Assim, a IA também ajuda os gestores a garantir que as pessoas que estão no seu time estejam em concordância com o compliance da organização. Para empresas que precisam focar em práticas ESG, essas ferramentas são indispensáveis.

Diante destes fatores, é inegável que a inteligência artificial tem crescido de forma significativa e apresentado vantagens para os negócios. E, assim como aconteceu com a ascensão do uso da internet nas empresas anos atrás, essas novas ferramentas, principalmente aplicadas ao setor financeiro empresarial, já tem deixado de ser um diferencial para se tornar uma exigência básica das empresas bem sucedidas.

*Thiago Campaz é CEO e cofundador do VExpenses.

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