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Thiago Brennand é condenado a mais de 10 anos de prisão por estupro

Essa é a primeira condenação do empresário, que responde a uma série de processos por abuso sexual

Brennand deverá pagar uma indenização de R$ 50 mil à vítima por danos morais (Redes Sociais/Arquivo Pessoal/Agência Brasil)

Brennand deverá pagar uma indenização de R$ 50 mil à vítima por danos morais (Redes Sociais/Arquivo Pessoal/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 12 de outubro de 2023 às 09h54.

O empresário Thiago Brennand foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado, por estupro. Ele também deverá pagar uma indenização de R$ 50 mil à vítima por danos morais.

É a primeira condenação do empresário, que responde a uma série de processos por abuso sexual, ameaça, lesão corporal, corrupção de menores, sequestro, cárcere privado calúnia, injúria e difamação. Ele está preso preventivamente e alega ser inocente. A reportagem entrou em contato com a defesa, que não se pronunciou.

A decisão é do juiz Israel Salu, da 2ª Vara de Porto Feliz, que aplicou a pena máxima. O processo tramita em segredo de Justiça para preservar a identidade da vítima. Thiago Brennand foi acusado por estupro de uma mulher norte-americana em sua mansão, em um condomínio de luxo em Porto Feliz, no interior de São Paulo. Eles teriam mantido um relacionamento por cerca de dois meses.

Relembre o caso

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Os promotores afirmam que o empresário gravou cenas íntimas sem o consentimento da mulher e, quando ela quis romper o relacionamento, teria ameaçado divulgar as imagens. Ele se tornou alvo da Justiça inicialmente depois de agredir e ameaçar uma modelo em uma academia de ginástica de São Paulo - as agressões foram registradas pelas câmeras de monitoramento.

Na sequência, uma série de mulheres veio a público acusá-lo. Todas acusam Brennand de agressões sexuais, físicas e psicológicas. Algumas dizem ter sido forçadas a tatuar a assinatura e o brasão da família do empresário, que segundo elas considerava o ato uma forma de "marcar território". Uma das mulheres também afirma que ele se gabava da prática e mantinha uma pasta com fotos de outras vítimas "carimbadas", como dizia, além de obrigá-la a mostrar a tatuagem para outras pessoas.

O empresário foi preso nos Emirados Árabes Unidos, mas pagou fiança e permaneceu oito meses naquele país, sob custódia das autoridades locais. Após um longo processo de extradição, Brennand foi trazido ao Brasil pela Polícia Federal. O empresário está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na capital paulista.

Defesa

Nas apresentações que ocorreram até agora, a defesa de Brennand negou todas as acusações. Em sua audiência de custódia, o empresário alegou que faz uso contínuo de medicações para depressão, ansiedade e distúrbios de sono. Investigadores avaliam que a informação faz parte de uma possível estratégia para reforçar eventual pedido de internação hospitalar.

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