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Temer diz não acreditar que Trump faça algo que prejudique Brasil

"Acredito que ele vai prestigiar a relação com o Brasil com uma visão focada na América Latina", disse Temer

Temer: para presidente, situação brasileira é diferente da mexicana (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: para presidente, situação brasileira é diferente da mexicana (Ueslei Marcelino/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de novembro de 2016 às 10h04.

Última atualização em 15 de novembro de 2016 às 10h04.

Rio de Janeiro — O presidente da República Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira não ter medo que, apesar de seu discurso nacionalista e protecionista, que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, possa fazer algo que prejudique o Brasil.

"Os Estados Unidos são um parceiro comercial atuante do Brasil e duvido que ele (Trump) faço algo que possa afetar o Brasil", afirmou durante entrevista ao programa "Roda Viva" da "TV Cultura".

Segundo Temer, Brasil está em uma posição diferente do México, "país que Trump já ameaçou construir um muro" na fronteira entre as duas nações.

"Acredito que ele vai prestigiar a relação com o Brasil com uma visão focada na América Latina", afirmou.

Michel Temer disse que Trump deve saber diferenciar suas posições como candidato republicano à presidência e como governante dos EUA.

"Vamos esperar que ele assuma e ver o que vai falar, mas assistimos seu último discurso e foi bem moderado", afirmou.

Segundo o presidente, os EUA são um país com instituições muito fortes em que um chefe de Estado pode exercer o poder "com autoridade, mas não com autoritarismo".

Ele acrescentou que não necessita ter uma boa relação pessoal com Trump, porque as relações entre dois países são institucionais e não pessoais.

Sobre a atual situação na Venezuela, Temer disse que o desejo do Brasil "sempre foi que as relações internas se normalizem e que a crise se resolva".

Sobre a situação interna do país, ele admitiu que teme o surgimento de problemas em caso o ex-presidente Lula, que é processado por corrupção, possa ser condenado ou preso.

"Se Lula for preso, isso causa um problema para o país, inclusive internacionalmente, pois haverá movimentos sociais questionando uma decisão do judiciário e isso pode causar uma instabilidade", disse

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