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Suplente de Olímpio viajou em jato com diretores de empresa investigada
Documentos revelam que Alexandre Giordano viajou 3 vezes ao Paraguai, apesar de ele afirmar que participou de uma reunião e não ter ligação com a Léros
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Itaipu: empresa Léros, alvo de CPI, estava interessada em comercializar energia de Itaipu (Caio Coronel/Itaipu/Divulgação)
Publicado em 14 de agosto de 2019 às, 12h16.
Última atualização em 14 de agosto de 2019 às, 12h16.
Assunção - O político e empresário Alexandre Giordano (PSL-SP), suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP), esteve pelo menos três vezes no Paraguai ao lado de executivos da empresa Léros, interessada em comercializar energia de Itaipu, revelam registros de voo divulgados na terça-feira, 13.
Segundo informações obtidas pelo jornal ABC Color em colaboração com o jornal O Estado de S. Paulo, Giordano viajou duas vezes a Assunção em jatos particulares acompanhado de executivos da Léros, a primeira em 9 de abril juntamente com Adriano Tadeu Deguimerndjian Rosa, executivo da Léros e o advogado Cyro Dias Lage Neto, além de dois tripulantes. Eles voltaram a Foz do Iguaçu no mesmo dia.
A segunda viagem foi no dia 25 de junho, quando os governos de Brasil e Paraguai já haviam firmado a ata que repactuava a divisão da energia de Itaipu. Eles voltaram no dia seguinte ao País.
Até então, Giordano admitia ter participado de apenas uma reunião em Ciudad del Este (a terceira, à qual foi de carro), em que foi discutida a possibilidade de compra de energia paraguaia de Itaipu para revenda no mercado brasileiro. Participaram deste encontro representantes da Léros. Em 1º de agosto, o suplente de senador negou ao jornal O Estado de S. Paulo ser representante formal da Léros.
"Não tenho nenhuma relação com esse acordo. A Léros me chamou e eu fui lá escutar a proposta da Ande sobre venda de energia. Existe uma licitação aberta, que é pública. Eu não comprei nada. A própria Léros não assinou nada", disse.
Desmentido
O jornal paraguaio publicou um documento que desmente Giordano.
Trata-se de uma proposta formal feita pela Léros à Administração Nacional de Energia (Ande, a estatal energética do Paraguai) assinada pelo executivo Kleber Ferreira em São Paulo em 27 de julho. No documento, a Léros oferece US$ 31,50 KWh pela energia excedente de Itaipu. Segundo a proposta, a empresa pagaria 30% do valor em efetivo no ato da entrega da energia e o restante, também em efetivo, após 90 dias. A Léros oferece ainda dividir com a Ande o lucro obtido em caso de venda acima de US$ 35 Kwh.
A Léros está na mira de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada pelo Congresso Paraguaio, que deve começar a funcionar ainda nesta semana. Em entrevista à Telefuturo, o ex-presidente das Ande Pedro Ferreira disse que o nome da família Bolsonaro foi citado várias vezes durante reuniões com a Léros.
O advogado José "Joselo" Rodríguez, que se apresentava como assessor jurídico do vice-presidente do Paraguai, Hugo Velázquez, disse em mensagens a Ferreira que a Léros representava a "família presidencial" e o "governo brasileiro".
A reportagem apurou que a sede do diretório estadual do PSL de São Paulo, cujo presidente é o deputado Eduardo Bolsonaro, funcionou no mesmo prédio onde ficam as empresas de Giordano até o final de julho, às vésperas do escândalo envolvendo a ata secreta de Itaipu vir à tona. Procurado pela reportagem, Giordano disse que "não tinha nada a declarar" sobre o caso do avião. A Léros não respondeu aos telefonemas.
Além de obrigar o governo paraguaio a aumentar o volume de aquisição de energia garantida de Itaipu (US$ 44 KWh), mais cara do que a energia excedente (US$ 6 KWh), o que implicaria o aumento da tarifa no país vizinho, o acordo entre os governos de Jair Bolsonaro e Mário Abdo Benítez suprimiu da ata o item 6, que permitia à Ande vender diretamente no mercado brasileiro a energia mais barata.
O item 6 impedia que empresas como a Léros pudessem comercializar a energia excedente do Paraguai. A revelação do acordo, considerado "entreguista" pela oposição, levou o país vizinho a uma crise política que pôs em risco os mandatos de Abdo Benítez e Velázquez. Bolsonaro aceitou o cancelamento do acordo pelo Paraguai após Benítez ser alvo de um processo de impeachment.
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